Marcelo Oliveira é atualmente o treinador do Palmeiras no Campeonato Brasileiro
O técnico Marcelo Oliveira, atualmente no Palmeiras, é conhecido por sua serenidade típica da cidade de Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais. A pontaria dos seus jogadores, porém, já o tiraram o sério, fazendo o pacato cidadão 'chutar o balde' e tomar uma atitude mais intempestiva.
Pela Série B do Campeonato Brasileiro de 2010, ele comandava o Paraná, que não conseguia acertar o tiro livre de 9,15 m de forma alguma. Naquele ano, o time tinha errado pênaltis seguidos com o atacante Marcelo Toscano, duas vezes, o zagueiro Luis Henrique e o volante João Paulo.
Na partida em casa contra o Guaratinguetá, pela nona rodada, o clube paranista teve a chance de abrir o placar com outra penalidade.
O centroavante Leandro Bocão, recém-chegado à Vila Capanema, bateu o quinto, mas não teve melhor sorte. Para piorar, o Paraná levou um gol logo em seguida e perdia o duelo por 1 a 0 até os 48 do segundo tempo. Até que a bola bateu no braço do defensor da equipe paulista dentro da área.
A torcida não teve dúvidas: pediu que o goleiro Juninho fosse para bater.
"O time não tinha feito nenhum gol de pênalti naquele ano, acredita? Quase todos que estavam em campo da nossa equipe haviam perdido", disse o arqueiro, que jogou a Série D do Brasileiro pelo Red Bull, em entrevista ao ESPN.com.br.
"O mais engraçado de tudo é que ele estava puto com a mira dos caras, me chamou e eu fui. Só que eu nunca tinha treinado antes (risos). Foi uma experiência nova e muito boa na minha carreira", prosseguiu.
Juninho fez o gol de pênalti do Paraná
A marcação do pênalti gerou grande tumulto entre os atletas do interior paulista: goleiro Jaílson (hoje no Palmeiras) foi expulso por reclamação junto com o zagueiro Rocha, que recebeu o segundo cartão amarelo.
Coube ao camisa 1, aos 54 minutos, balançar as redes. Ironicamente os papéis estavam invertidos, pois do outro lado estava o zagueiro Gustavo na meta.
"Saí comemorando feito louco junto com a torcida e fui abraçar o Marcelo, mas o Tico, auxiliar do Marcelo, ficou maluco com os caras (risos) ", recordou.
O arqueiro não tinha a intenção de prosseguir como cobrador oficial do time, tanto é que na partida contra o Brasiliense outro jogador bateu, mas como ele também perdeu, o goleiro não teve escapatória. "Começei a treinar de verdade, com os zagueiros me protegendo caso eu errasse. Acabei marcando mais um gol no Náutico naquele ano", relembrou.
Marcelo Oliveira comandou o Paraná em 2010
relação de confiança entre os dois vinha desde os tempos de Atlético-MG, quando Juninho ficou encostado. "Ele me ajudou muito em uma época que o Alexandre Gallo afastou muitos jogadores do time principal. Ele cuidava dos ‘largados', quando o Gallo foi mandado embora ele assumiu e colocou todos os que estavam fora para jogar, porque tinha confiança. Nosso time ainda se classificou para a Copa Sul-Americana em 2008", afirmou.
"Ele é um cara muito simples e conversa com todo mundo. Eu nunca fui muito de ter tanta amizade com treinador, mas ele é amigo. O Paraná foi o primeiro trabalho de nível nacional e com as peças que ele tinha conseguiu excelentes resultados", analisou.
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