Paulo Nobre festeja com Marcelo Oliveira após classificação na semifinal (Cesar Greco/Ag Palmeiras)
O palmeirense que terminou 2014 aliviado com a fuga do rebaixamento talvez não pudesse imaginar que chegaria ao fim de 2015 tendo visto o time disputar duas finais, com mais um título nacional na galeria e uma vaga garantida na Libertadores de 2016. É o ano com melhores resultados desde 2008, quando o Verdão conquistou o Paulistão e terminou o Campeonato Brasileiro com uma vaga garantida na principal competição continental.
Na visão da diretoria, a conquista da Copa do Brasil representa um primeiro passo de uma nova era. A expectativa é de que, a partir de agora, ver o Palmeiras brigando por títulos seja algo frequente novamente.
Em dezembro do ano passado, o clube trocou José Carlos Brunoro e Omar Feitosa por Alexandre Mattos, diretor de futebol, e Cícero Souza, gerente. Os dois fizeram, ao todo, 25 contratações neste ano - contando Ryder, Alan Patrick e Leandro Pereira, que já foram embora.
A primeira demonstração de que o clube estava disposto a recuperar seu protagonismo veio logo em janeiro. Dudu jogará no Corinthians? Dudu será do São Paulo? Não! Dudu é Palmeiras! Um chapéu que custará, ao todo, quase R$ 20 milhões aos cofres do clube. Mas uma prova de força que não tem preço.
Com a perspectiva para o ano cada vez melhor, vieram os patrocinadores. Após quase dois anos com a camisa “limpa”, o Palmeiras fechou os melhores contratos da história do futebol brasileiro com a Crefisa e a FAM, empresas que passaram até a contratar jogadores, como Barrios.
Tão importante quanto festejar o título da Copa do Brasil é saber que o clube está reestruturando seu centro de treinamentos, contratou profissionais para modernizar a comissão técnica, reformulou a sua base... Gasto? Não! É investimento.
O Palmeiras teve seu melhor ano desde 2008, mas agora é um clube forte financeiramente, com as dívidas equacionadas, e preocupado em estrutura. Retoques precisam ser feitos, claro, mas o caminho é o certo.
OS PILARES DA RECONSTRUÇÃO
Cautela financeira
Paulo Nobre assumiu o Palmeiras no início de 2013 em meio ao caos financeiro. Devido a adiantamentos de gestões anteriores, teve só 25% das receitas do primeiro ano de seu mandato e 70% em 2014. Ele não adiantou nenhuma cota e, reeleito, teve o cofre quase pleno para 2015 e 2016. Ganhos foram potencializados com patrocínios, renda de jogos e sócio-torcedor.
Diretoria
Brunoro e Omar foram demitidos no fim de 2013. Para seus lugares, chegaram Alexandre Mattos e Cícero Souza. O diretor de futebol, que acabara de ser bi do Brasileiro com o Cruzeiro, tem força no mercado.
Comissão técnica
Oswaldo Oliveira foi o técnico escolhido para a temporada. Ele foi demitido pouco depois de perder a final do Paulista para o Santos e deu lugar a Marcelo Oliveira. Paralelamente, o clube contratou diversos profissionais e montou uma comissão fixa.
Jogadores
Vitor Hugo, Lucas, Gabriel, Arouca, Zé Roberto, Robinho, Dudu e Barrios, contratados neste ano, já formam uma espinha dorsal para a próxima temporada. Clube precisará contratar muito menos em 2016 do que neste ano.
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