11/10/2016 07:32

Cuca vem buscando soluções para surpreender os adversários

Palmeiras se reinventa com diferentes opções

Moisés teve chance como meia no último domingo

(Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)



Ao longo do Campeonato Brasileiro, ainda que quase nunca fuja de um desenho tático com três homens no meio-campo e três no ataque, o Palmeiras apresentou diferentes formas de jogar. Cada vez mais manjado pelos adversários, o time teve como desafio nas últimas partidas encontrar um armador que melhor se encaixasse ao trio de frente.



Na vitória de domingo sobre o América-MG, em Londrina, a tentativa do técnico Cuca foi Moisés. Acostumado a ocupar a faixa de campo que vai de uma área à outra, desta vez ele ficou praticamente o tempo todo à frente do círculo central, deixando a marcação a cargo de Tchê Tchê e Zé Roberto.



– Foi uma função tática. Neste grupo não há vaidade nenhuma. Quando se precisa fazer algo pelo grupo, a gente faz, independentemente se vai ser bom para mim ou não. O importante é fazer o papel que ajude a equipe. Eu fiquei pouco com a bola, mas dentro do que o Cuca pediu eu consegui exercer bem – analisou o curinga palmeirense.



Não foi tão bem assim, na verdade, até por ter atuado fora de suas características. Nas poucas vezes em que foi acionado, Moisés não conseguiu um boa jogada – para isso, faltou também um atacante de referência com quem tabelar ou que se apresentasse bem nas costas da defesa do América-MG.

Cuca conversa com Tchê Tchê, Moisés e Zé Roberto (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)





Na partida anterior, na vitória sobre o Santa Cruz, quem jogou nessa função foi Zé Roberto, com Tchê Tchê e Moisés mais atrás. O veterano, que com a camisa do Palmeiras atua muito mais na lateral esquerda, fez um bom primeiro tempo no Recife, porém caiu de produção depois do intervalo.



Nas duas ocasiões, Cleiton Xavier deixou o banco de reservas na segunda etapa. Camisa 10 de fato, ele tem convivido com altos e baixos na competição. A comissão técnica não cita publicamente, mas entende que ele não tem condicionamento físico e ritmo ideais para ficar em campo por 90 minutos, motivo pelo qual vem entrando no decorrer dos jogos.



Diante do Cruzeiro, em Araraquara, nesta quinta-feira, o armador escolhido terá pela frente um ataque com mais opções, em especial Gabriel Jesus, que voltará da seleção brasileira. Mesmo já conhecido pelos zagueiros, o artilheiro aumenta muito a qualidade ofensiva do líder do Brasileiro.

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