Ex-Palmeiras revela que técnico mandava auxiliar disfarçado com peruca para flagrar jogadores na balada

17/5/2017 14:49

Ex-Palmeiras revela que técnico mandava auxiliar disfarçado com peruca para flagrar jogadores na balada

Ex-Palmeiras revela que técnico mandava auxiliar disfarçado com peruca para flagrar jogadores na balada

O zagueiro brasileiro Maurício Nascimento fez história logo em sua primeira temporada na Rússia. Transferido recentemente da Lazio, ele mostrou ser pé quente e ajudou o tradicional Spartak a se sagrar campeão nacional depois de um jejum de 16 anos.



Aos 28 anos, ele segue firme no futebol europeu, para onde se transferiu em 2013, depois de ser contratado pelo Sporting, de Portugal. Deixou uma impressão tão boa em Lisboa que foi levado pela Lazio, chegando depois ao Spartak para marcar seu nome.





E, como muitos jogadores de futebol, ele teve que superar as dificuldades de uma infância humilde em São Paulo para vencer mais tarde na carreira como atleta profissional.



"Quando eu tinha 8, 9 anos, trabalhava vendendo 'geladinho' na favela que eu morava. Minha mãe fazia e eu vendia para ganhar um dinheirinho para ajudar nas compras em casa", conta Maurício, que era apaixonado pelo futebol desde muito jovem, inspirado pelo irmão.



"Eu ia ao campo e ficava vendo meu irmão mais velho jogar. Enquanto ele jogava bola, eu vendia o 'geladinho' na arquibancada. Quer dizer, nem sempre o dinheiro chegava certinho em casa, porque tinha umas vezes que eu chupava a maioria dos 'geladinhos' (risos). Minha mãe fazia as contas e falava: 'Maurício, tem coisa errada'. Aí eu contava pra ela que tinha ficado com sede e aproveitei. O pau comia lá em casa (risos)", brinca.



O primeiro time grande que se interessou por seu futebol sério foi o Palmeiras.



"Quando tinha 10 anos, jogava em São Matheus e um dia fizemos um amistoso contra o Palmeiras. Eu tinha acabado de chegar ao time e o jogo era de duas categorias acima. Ou seja, eu tinha 10 anos e o resto tinha 14. Tinha tudo pra dar errado...", recorda.



Só que Maurício Nascimento arrebentou no jogo e foi levado para o Palestra Itália.



"Joguei no meio-campo naquele dia, pois não tinha altura pra zaga ainda. O professor Niltinho, que era treinador do Palmeiras, gostou e me fez o convite. Quando recebi a notícia, nem sabia o que fazer de tanta felicidade! Fui passando nos testes e, mesmo não tendo minha categoria na época, fui ficando e treinando com os mais velhos", relata.



Na Academia de Futebol, ele teve que aguardar muito tempo até chegar ao profissional.



"Joguei todas as categorias desde moleque e fui subindo aos poucos. Fui capitão no infantil, no juvenil, no júnior e depois no Palmeiras B. Mais de oito anos como capitão! Aí, em 2007, o Caio Jr. me subiu para treinar. Concentrei, mas não cheguei a jogar. No ano seguinte, me apresentei já no profissional ao Vanderlei Luxemburgo em Atibaia, e fiz meu primeiro jogo pela equipe adulta contra o Noroeste, em Bauru", recorda Maurício.



Maurício lembra até hoje a surpresa de quando foi relacionado pela primeira vez.



"O Luxa me pegou de surpresa e me colocou pra jogar numa linha de três zagueiros com o Henrique e o Gustavo, que estavam voando! Eu aproveitei e consegui deixar uma boa impressão. Depois, ele me usou de volante em algumas ocasiões. No Paulistão de 2008, fiz cinco jogos e fomos campeões. Depois, atuei mais 32 partidas no Brasileiro", salienta.



Até hoje o zagueiro sente saudades da equipe daquele ano no Palestra Itália.



"Joguei só com craques de bola, como Denílson, Marcos, Valdivia, Leandro 'Buchecha', Léo Lima, Diego Souza... O Leandro e o Denílson eram figuras demais, e eu fui muito bem recebido no grupo. Eu tinha 18 anos só e animava ainda a galera. Era como se eu fosse um filho pra eles, que me colocavam em tudo e nunca me deixavam de fora", conta.



O primeiro gol também jamais sairá da memória, ainda mais por ter sido em um clássico.



"Foi naquele Palmeiras 2 x 2 Corinthians em Presidente Prudente! Foi inesquecível. Não dá pra explicar a emoção de fazer um gol pelo Palmeiras. E ainda de quebra realizei um sonho de infância e joguei contra o Ronaldo 'Fenômeno' naquele dia", rememora.



Em seus muitos anos de Palmeiras, Maurício também viveu muitas situações engraçadas. Sem citar o ano nem o nome do treinador, como manda o código de ética dos boleiros, ele lembrou de quando um "professor" inventou uma tática diferente para flagrar jogadores nas baladas paulistanas.



"Uma vez um técnico mandou um auxiliar dele ir a um bar que rolava um pagode pra ver tinha jogadores por lá. Nesse dia, um dos jogadores que estava lá acabou reconhecendo o cara, que estava disfarçado de peruca, acredita (risos)?", gargalha.



"Ele não queria ser reconhecido, mas aí desmarcararam o cara (risos). No dia seguinte, no treino, todo mundo tirou sarro. 'Ué, ontem você tinha cabelo, agora está careca? Como assim, seu cabelo estava tão bonito ontem (risos)! A turma era engraçada demais", sorri.



Mas sua passagem pelo Palmeiras acabaria de maneira triste. Durante o Brasileirão de 2009, ele brigou com o atacante Obina em meio ao famoso jogo contra o Grêmio, e ambos acabaram deixando a equipe alviverde nos dias seguintes.



"Minha saída do time foi um dos piores momentos da minha vida e carreira. O mais triste é porque eu nunca esperava ter sido tratado daquele jeito. Apesar do grande erro que cometi, e eu assumo isso, não esperava ser tratado daquela forma pelo clube depois de 10 anos de serviços prestados. Fui mandado embora e nem pude voltar no mesmo voo que o grupo para São Paulo", reclama.



Segundo Maurício, a punição palmeirense acabou sendo severa demais. Ele foi emprestado ao Grêmio, mas ficou pouco em Porto Alegre. Depois, acabaria repassado a Portuguesa, Vitória e Joinville antes de deixar o Palestra Itália em definitivo, em 2013, para jogar no Sport, onde acabou chamando a atenção do Sporting, de Portugal.



"Eles poderiam ter me colocado para treinar em outro horário, treinar separado numa tarde de sol, sei lá... Fui tratado como um nada e isso me entristeceu muito", lamenta.



"Mas pela honra e glória de Deus eu consegui dar a volta por cima e agora estou muito feliz aqui na Rússia, onde todos têm muito respeito e carinho por mim", finaliza o atleta.



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53568 visitas - Fonte: ESPN Brasil

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Parabéns pela história Maurício! vc é e sempre foi bom jogador!faltou consideração e profissionalismo por parte da nossa diretoria na época, pois todos nós sem exceção erramos,e todos tem direito á uma segunda chance,não estou apoiando a sua atitude na época e nem a do Obina,não pode acontecer, mas aconteceu,bola pra frente.tem coisas piores que acontece no futebol,mas,graças a Deus vc deu a volta por cima,e quem sabe um dia voltar a vestir nosso manto novamente, parabéns mais uma vez e sucesso garoto!

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concordo, Celso

fdp é vc

foi brigar com o obina esse fdp, ai sairam os 2

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