Prioridade de Gareca é definir estilo de jogo do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Ricardo Gareca conhece a cultura de resultados do futebol brasileiro. Mas só vencer não é a prioridade do treinador do Palmeiras. Prestes a disputar seu primeiro clássico contra o Corinthians, domingo, às 16h, na arena do rival, ele revela o seu principal desejo: definir uma identidade de jogo para o time. Coloca essa meta como prioritária.
À frente até dos resultados.
- Se o Palmeiras não ganha, complica tudo. Sei disso, sou do futebol. Mas não tem problema, isso não me preocupa. Estamos ocupados em conseguir uma ideia futebolística, um estilo de jogo. Isso é o mais importante.
Eu quero que o Palmeiras defina um jeito de jogar. Isso leva tempo, não é fácil, mas estamos buscando. Depois, a diretoria e a torcida resolvem o que pensam do trabalho. Estou tranquilo - disse.
O início de Gareca não foi muito bom: derrotas para Santos e Cruzeiro, no Brasileirão. A primeira vitória aconteceu apenas no terceiro jogo, diante do Avaí, pela Copa do Brasil.
Contratado até junho de 2015, o argentino diz que recusou uma proposta da seleção da Venezuela. Agora, afirma viver um dos momentos mais importantes da carreira.
Gareca elogia o Verdão e lembra que o clube é o maior vencedor de títulos nacionais (são 10 no total - oito Brasileiros e duas Copas do Brasil).
- O Palmeiras é importante para o futebol brasileiro e muito importante para a minha carreira. A Venezuela também, uma seleção. Mas penso que, neste momento, é muito importante estar no Brasil, em um time como o Palmeiras.
É o maior do Brasil em torneios nacionais vencidos. Tem de ter essa mentalidade. Eu, os jogadores, a torcida e a instituição querem isso - afirmou.
Reconhecido nas ruas por palmeirenses, Gareca diz receber apoio constante dos torcedores, agradece o carinho e espera retribuir com o time em campo.
Apesar deste incentivo, o argentino reconhece ter dificuldades com o português, mesmo recebendo aulas de uma professa particular nascida na argentina e criada em São Paulo.
- A língua é um problema para mim (risos). Tento aprender no dia a dia. É um problema que tenho de resolver o mais rápido possível.
Mas quero deixar claro: há uma grande colaboração dos jogadores e do comando técnico. Eles me facilitam tudo para poder trabalhar. A professora disse que é muito difícil. Leva tempo para poder falar melhor. Estou dando tudo para melhorar no dia a dia - finalizou.
Sem prever resultado ou favoritismo para o clássico, Gareca por fim diz ver condições de o Verdão fazer um bom jogo contra o Corinthians. É o que a torcida alviverde espera no primeiro Dérbi na casa do arquirrival.
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