Ricardo Gareca já pediu paciência com Agustín Allione, lembrando que é um jogador de 19 anos e com contrato até 2019. Mas, em conversa particular, animou o meio-campista relatando que há mais espaço para jogar no Brasil do que na Argentina, fazendo o jovem argentino sorrir com a possibilidade de repetir Andrés D’Alessandro, ídolo no Inter.
“O Gareca me disse que vou me adaptar porque o futebol brasileiro tem mais espaço para jogar. Assim, eu poderia mostrar mais do que tinha mostrado no Vélez”, contou o novo camisa 20 do Verdão, avisando que não aceitou a proposta por conta das indicações do técnico porque só falou com o comandante após assinar contrato.
Mas as palavras do treinador que o lançou no Vélez o encheram de otimismo. “Pelo que o Ricardo me disse, a diferença é que no futebol argentino não tem tantos espaços quanto aqui, é mais forte, físico, joga-se de outra maneira.
Os jogos no Brasil me agradam muito porque há mais liberdade e se pode mostrar mais.”
Aproveitando a marcação adversária, D’Alessandro chegou ao status de capitão do Inter, despertando admiração no jovem argentino que desembarca no Palmeiras.
“O melhor estrangeiro que joga no Brasil é o D’Alessandro, pelo que já fez aqui”, apontou, relatando que também falou com o zagueiro Fernando Tobio, recém-contratado pelo Verdão, sobre como se joga no País.
Ter a chance de atuar em uma nação pentacampeã deixa Allione orgulhoso, apesar de ser o sexto do elenco do Verdão – por determinação da CBF, o clube pode relacionar cinco para cada jogo, e o argentino se junta aos compatriotas Tobio e Mouche, aos uruguaios Victorino e Eguren e ao paraguaio Mendieta.
“O futebol brasileiro tem muitos estrangeiros e aqui, no Palmeiras, somos seis. É algo positivo para todo o futebol da América do Sul. O futebol brasileiro é um dos mais lindos na América do Sul e do mundo.
Vir para cá é um desafio e ver tantos jogadores de outros países em um futebol tão importante significa que todos estão trabalhando bem”, analisou Allione.
A forma de cumprir as expectativas em campo será definida por Gareca. O meio-campista se define como alguém que marca e vai à área adversária, de acordo com sua missão tática. “Jogo pela direita de forma ofensiva ou defensiva, mas gosto de chegar ao gol. Vou fazer o que o Ricardo pedir.
Se ele me trouxe, é porque confia nas minhas qualidades. Espero, dessa maneira, poder ajudar o Palmeiras”, declarou.
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