Herói improvável: Betinho, três meses de contrato e gol na história alviverde

2/8/2014 08:13

Herói improvável: Betinho, três meses de contrato e gol na história alviverde

Atacante chega ao Verdão com vínculo de 90 dias, marca na decisão da Copa do Brasil, ganha

Herói improvável: Betinho, três meses de contrato e gol na história alviverde

Betinho recebeu de César Sampaio a camisa do Palmeiras, em maio de 2012 (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)



Nem Valdivia, Henrique ou Marcos Assunção. O grande herói da conquista palmeirense na Copa do Brasil de 2012 atende pelo nome de Carlos Alberto Santos da Silva.



Depois de uma passagem de pouco destaque pelo São Caetano no Campeonato Paulista daquele ano, Betinho foi anunciado como reforço para o ataque Palmeiras e, poucos dias depois, fez sua estreia com a camisa alviverde na vitória por 2 a 0 contra o Atlético-PR, nas quartas de final da Copa do Brasil.



Com vínculo válido por apenas três meses, o jogador chegou com a condição de ser o reserva imediato do argentino Hernán Barcos e com um objetivo: conquistar a confiança da exigente torcida alviverde.



– Eu tinha acabado o Campeonato Paulista lesionado e estava em fim de contrato. O Felipão já tinha ligado para o meu empresário para saber como estava a minha situação. Era natural a desconfiança da torcida porque eles estavam esperando outro jogador. Mas recebi isso com muita naturalidade – recorda o jogador.



E a pressão inicial foi logo deixada de lado em seu primeiro contato com Luiz Felipe Scolari, na Academia de Futebol. Em sua chegada ao Palmeiras, um papo direto e sincero com o treinador serviu para tranquilizar o atleta e motivá-lo a superar a desconfiança inicial dos palmeirenses.



– Quando fui apresentado, o Felipão me chamou na sala dele para conversar. Ele passou muita tranquilidade, confiança e disse que, se acontecesse alguma coisa de errado, a culpa seria dele. Desta maneira, o Felipão jogou a pressão para ele, que já está acostumado com essas coisas – conta Betinho.



Com pouco espaço, o atacante chegou desacreditado. Sem nenhuma atuação de muito destaque, ele teve sua grande chance nas finais da Copa do Brasil. Na manhã de 5 de julho, dia do primeiro confronto com o Coritiba, Felipão chamou o atacante para uma conversa particular. No bate-papo ele foi informado do problema inesperado de Hernán Barcos e que seria o titular do Palmeiras nas duas partidas.



A vitória por 2 a 0 no jogo de ida - gols de Valdivia e Thiago Heleno - deixou o Verdão com boa vantagem para o duelo no Paraná, no dia 11 de julho. Mas toda a tranquilidade no estádio Couto Pereira terminou quando Ayrton abriu o placar em boa cobrança de falta, aos 16 minutos do segundo tempo. Aquela apreensão, porém, durou apenas quatro minutos.



Em cobrança de falta da direita, Marcos Assunção cruzou para a grande área. Betinho se antecipou ao marcador e, de costas, conseguiu desviar de cabeça com força suficiente para tirar do alcance de Vanderlei e empatar a partida.



– Nós treinávamos muito aquela jogada. A bola do Assunção sempre era muito rápida e em direção ao gol. E por isso sempre tentava me posicionar por onde a bola ia passar. Tive a felicidade de correr na frente da marcação e desviar para fazer o gol – recorda Betinho.



– Ali na hora daquele gol já sabia que o Coritiba não ia ter mais poder de reação. Eles estavam vivendo uma pressão muito grande por causa de o primeiro jogo ter sido 2 a 0 para nós. Depois do gol sabíamos que o título não ia escapar mais – completa.





Betinho beija o símbolo do Palmeiras após o gol contra o Coritiba (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



O gol na final da Copa do Brasil criou uma comoção pública pela renovação de contrato de Betinho. Além do carinho da torcida, o atacante contou com o apoio dos companheiros. Craque daquele time, Valdivia chegou até a cobrar a diretoria alviverde em tom de brincadeira pedindo a permanência do jogador no clube.



E foi o que acabou acontecendo: Betinho acabou tendo o contrato prorrogado por mais seis meses. Mas ele nunca mais repetiu as boas atuações - e nem teve a mesma estrela mostrada na decisão da Copa do Brasil.





Betinho, atualmente, defende o Santa Cruz

(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)




E enquanto o time afundava no Campeonato Brasileiro, com a diretoria preparando uma lista de dispensas, Betinho se antecipou e anunciou sua saída do clube um mês antes do fim do contrato - e com direito a uma carta emocionada aos torcedores.



Apesar do gol decisivo na Copa do Brasil, o atacante, hoje no Santa Cruz, divide com o time os méritos da conquista da Copa do Brasil. Mas agradece todo o apoio que recebe dos torcedores palmeirenses por causa da conquista.



– Não me considero o herói sozinho. Todo mundo que fez parte daquele grupo merece ser lembrado pelo titulo. Foi um time muito guerreiro. Nós sabíamos das nossas qualidades e fomos buscando a conquista passo a passo. E acabou dando tudo certo. Tive a felicidade de fazer o gol do título, mas compartilho isso com todos os jogadores – diz Betinho.



– Já fui parado na rua diversas vezes. O título da Copa do Brasil significa muito por ser importante no cenário brasileiro e por ter sido conquistado com um clube tão grande como é o Palmeiras – completa.





Palmeirenses festejam a conquista da Copa do Brasil, em 2012 (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



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8220 visitas - Fonte: ge

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