Ao final do clássico, o hoje goleiro reserva falou sobre o sentimento da última quarta-feira e também sobre a vibração no banco de reservas, na noite deste sábado, quando o colega de elenco abriu o placar.
– Teve uma cena minha muito parecida com o Cristaldo em 2014. Ali eu tinha jogado e estava comemorando realmente com ele a permanência (na Série A). Com o Dudu, fui dar parabéns pelo jogo. Vi que ele estava muito abatido – disse o camisa 1.
– A gente que está de fora consegue um pouco mais segurar a adrenalina. Quem está dentro de campo, com o batimento cardíaco a 180, fadigado, acaba o jogo, vem aquela frustração. Já passei por isso, bate um sentimento muito ruim. Fui ali para consolar, fui pela entrega que vi dele no jogo, pelo jogo que ele fez.
Neste sábado, durante a vitória que fez o Palmeiras dar mais um passo na luta pelo título do Campeonato Brasileiro, a emoção dos dois foi bem diferente.
– Hoje, todos do banco estavam jogando juntos. O pessoal que saiu, o Lucas Lima, o Borja também. Porque a gente sabe que falta pouco, mas ao mesmo tempo é muito difícil a conquista. Hoje era um jogo importantíssimo, porque agora temos uma partida fora de casa. Os nossos adversários agora ficam com uma pressão muito grande, porque jogam sem a mínima margem de erro. Porque se a gente abrir sete pontos, fica mais difícil em 18. O importante é entender os teus momentos sem nunca abrir mão da competitividade de querer jogar.
Renovação ou saída?
Justamente por querer jogar, Fernando Prass ainda avalia com cautela seu futuro. O ídolo palmeirense, campeão brasileiro e da Copa do Brasil pelo clube, tem contrato até o final do ano e ainda não foi procurado pela diretoria.
– Quero ficar no Palmeiras. Se eu pudesse, já teria renovado. Mas não depende de mim, tenho que esperar. Tenho que primeiro esperar o Palmeiras definir sua situação no Campeonato Brasileiro, depois a gente pensa individualmente. Mas a minha ideia é jogar mais tempo – comentou.
– Se eu não ficar no Palmeiras, tenho que esperar e torcer para que receba alguma proposta. Minha ideia é totalmente no Palmeiras, até porque estou muito adaptado aqui, meus filhos adoram, minha esposa trabalha aqui. Tenho minha vida aqui. Para mim, óbvio que seria ideal, minha vontade é ficar no Palmeiras.
Ainda neste sábado, embora não venha atuando com frequência, o goleiro de 40 anos revelou estar no auge de seu condicionamento físico.
– Quando subi para o profissional do Grêmio, com 19 anos, eu tinha 87kg e 12,5% de índice de gordura. Hoje eu estou com 94kg e 9,5% de gordura. Eu não digo que quero jogar mais dois ou três anos porque quero jogar, é que eu me preparo para isso, em dia de jogo eu treino. Eu cuido da minha alimentação, do meu sono, do meu descanso, a parte de prevenção de lesões. Para jogar, e não para achar simplesmente que eu posso jogar.
Pras tm a sua história, mas hj n da mais em baixo das traves, pode trabalhar em outra função, mas o titular tm q ser weverton ou Jaílson.
Eu acho que o Prass tem que ficar no Palmeiras.
Prass tem que ficar. Um excelente profissional e ama o Palmeiras. Tem todas as condições de ser titular também e além disso, devemos muito à ele, nos ajudou e foi decisivo em inúmeros momentos.