Jogadores do Palmeiras evitam falar em luta contra o rebaixamento

Há sete jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, equipe comandada por Ricardo Gareca é a 14.ª colocado na tabela

Gareca só venceu um jogo oficial no comando do Palmeiras



A sequência de sete jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro - os quatro últimos sob o comando do argentino Ricardo Gareca - não foi suficiente para que os jogadores do Palmeiras considerassem a fuga da zona de rebaixamento como o objetivo da equipe no torneio. Todos, inclusive o treinador, evitam o tema delicado.



Não esperava que o Palmeiras ficasse nessa situação. Esperava que ele estivesse mais acima, mas vamos tratar de subir na tabela", disse o treinador. "Não penso no rebaixamento. Penso em ganhar", concluiu o argentino, que ainda não venceu no Brasileirão - soma três derrotas e um empate.



Hoje, o Palmeiras tem 14 pontos, com três de vantagem para o primeiro clube da zona de rebaixamento.



O zagueiro Lúcio, que alternou bons e maus momentos em seu retorno à equipe, também evita falar descenso. "Não estamos pensando nisso.



Temos um longo período sem vitórias, mas podemos nos recuperar", disse o jogador, que atuou com uma máscara de proteção por causa da fratura na face que sofreu na partida contra o Cruzeiro. "Temos condições de vencer o Atlético Mineiro em Belo Horizonte", falou o zagueiro, referindo-se ao próximo jogo.



Os torcedores não mostraram a mesma paciência. Depois de vaiarem a equipe no final do jogo, membros da principal torcida organizada do clube elegeram Paulo Nobre como culpado. Após gritarem "queremos jogador", dezenas de torcedores afirmaram que o presidente acabou com o centenário.



Gareca diz que não se sente pressionado pela diretoria. "Eu me sinto tranquilo para trabalhar. Não sinto pressão dos diretores", afirmou.



Em relação à outra queixa da torcida, a falta de qualidade dos atletas, Gareca foi direto. "Eu conto com esses jogadores. Não penso em outros."



Os jogadores, por sua vez, reconheceram o direito de os torcedores vaiarem. "O torcedor veio e está no direito dele. Basta a gente ter paciência. Sabemos que é assim no futebol brasileiro. Temos de voltar a ganhar", disse o volante Wesley, que teve atuação apagada no empate.



"O grupo tem de ter a cabeça no lugar para corrigir as falhas", comentou Henrique, autor do gol palmeirense. "Criamos chances, mas pecamos na finalização", disse Wendel, que levou o terceiro cartão amarelo e está fora do próximo jogo.