Gareca pede calma, mas a paciência da torcida palmeirense se esgota cada vez mais (Foto: FERNANDO DANTAS/Gazeta Press)
Os 15 mil palmeirenses presentes no Pacaembu na tarde de hoje certamente esperavam mais.
Após uma sequencia nada amigável de jogos (Santos, Cruzeiro e Corinthians) e sem vencer desde o dia 22 de maio na competição, o Verdão precisava, mais do que nunca, dos três pontos. Enfrentando uma das piores equipes do campeonato, jogando em casa, a vitória era mais que obrigação. O torcedor entendeu isso, e compareceu ao estádio.
Gareca começou a partida num 4-3-3, com Mouche pela esquerda, Leandro pela direita e Henrique como referência.
O time demonstrava pouquíssima qualidade técnica e, durante todo o primeiro tempo, as únicas bolas que chegavam perto do gol baiano vinham de cruzamentos, principalmente com Mouche, do lado esquerdo. Falta o drible, falta partir para cima dos zagueiros.
O ataque do Palmeiras foi quadrado durante todo o jogo, não conseguia se infiltrar de jeito nenhum na área do Bahia. E assim foi o primeiro tempo, tão sonolento que, quando o árbitro apitou seu fim, não se ouviu nem vaias tampouco aplausos. Retrato ideal de 45 minutos fraquíssimos.
Para o segundo tempo, o técnico argentino sacou Wendel, que sofreu com as vaias após um erro primário de domínio de bola, e colocou Weldinho. E quando Weldinho entra, é avenida do lado direito.
Foi assim contra a Fiorentina, e hoje também. Outro grande problema na partida de hoje foi, mais uma vez, Marcelo Oliveira. Será que ninguém percebe que ele é péssimo na zaga? Foram dois ou mais erros que quase culminaram em gols do Bahia.
O maior deles aconteceu aos 13 minutos, quando Marcelo perdeu a bola para Kieza, que deixou Marcos Aurélio livre para marcar. O camisa 10 pegou muito mal e jogou para fora. A sorte do Palmeiras é que o ataque do Tricolor era tão ruim quanto seu ‘zagueiro.
Dois minutos depois, quando a torcida palmeirense ainda estava furiosa com o lance, Victor Luis cruzou para Henrique marcar: 1×0.
O centroavante, que não marcava desde a última vitória palmeirense no campeonato, subiu muito bem e colocou no canto baixo do goleiro Marcelo Lomba. A bola dificilmente chegava a ele, mas quando chegou com qualidade, ele marcou.
Lembram quando eu falei da avenida Weldinho? Pois é, o Palmeiras ainda comemorava o gol, quando ela resolveu aparecer. Pará entrou totalmente livre pela esquerda e deu para Kieza empurrar para as redes: 1×1.
Depois daí a torcida passou a perder a paciência a cada lance. Leandro demonstrou mais uma vez sua limitação. É incrível como o atacante caiu de produção depois que foi comprado. Para piorar, Gareca tirou Mouche e colocou Mendieta.
Ninguém entendeu essa mudança, já que a última coisa que o Palmeiras precisava era mais um meia sonolento em campo (já bastava Felipe Menezes que, aliás, nem foi tão mal assim). O lateral Victor Luis era o melhor em campo.
Marcava bem e tentava chegar ao fundo para cruzar, tudo o que um lateral precisa fazer. Na última mudança, Gareca trocou Felipe Menezes por Patrick Vieira. O camisa 21 jogou do lado esquerdo e rendeu muito pouco. Como disse, faltava agressividade.
O apito do fim do jogo veio seguido de uma vaia monumental no estádio. Gritos de “queremos jogador e xingamentos a Paulo Nobre ecoaram no Pacaembu.
O Verdão perdeu uma chance de ouro de se afastar da parte de baixo da tabela, e agora enfrenta duas pedreiras: o Atlético-MG em BH e o São Paulo no Pacaembu. Enquanto isso, a paciência do torcedor se esgota cada vez mais. Até quando?
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