Giannubilo deixou o Verdão; Brunoro assume sua função (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)
Ex-diretor remunerado de marketing, Marcelo Giannubilo diz que foi dele a decisão para fazer a reunião que selou a sua saída do Palmeiras, a 20 dias de o clube completar cem anos.
Criticado por não conseguir encontrar um patrocinador master em 18 meses no cargo, o então funcionário alviverde admite sua decepção por não ter achado uma empresa para estampar a marca no uniforme alviverde, um dos principais fatores de desgaste no Verdão.
- Foram 18 meses de trabalho, e meu contrato se encerraria em dezembro. Conversamos, e ficou entendido que o ciclo acabou. Foi algo em comum acordo.
Fizemos um bom trabalho com a marca, melhoramos o Avanti, passamos de 8 mil associados para 40 mil, e também evoluimos no licenciamento de produtos. Quando ao patrocínio, visitamos inúmeras empresas, mas houve muita dificuldade.
Um mercado retraído, o pessoal focado em Copa do Mundo, o Palmeiras na Série B, um time sem títulos, sem ídolos. Atrapalhou o processo - admitiu ao LANCE!Net.
Contratado em março especialmente para turbinar o Avanti e melhorar os ganhos com patrocínios, Giannubilo viu as críticas aumentarem com o passar dos meses, e a falta de um acordo para o setor mais nobre da camisa alviverde.
Segundo o diretor-executivo José Carlos Brunoro, que agora assumirá a função no marketing, também, mais de 200 empresas foram procuradas. Agora, o clube já até teme passar todo o centenário sem um parceiro. O ex-dirigente, por sua vez, espera que a equipe que montou para a pasta seja capaz de encontrar o patrocinador que ele não conseguiu no ano e meio trabalhando no Palmeiras.
- Espero que tenha sido um dos meus legados, montar uma equipe forte no marketing, que conseguiu se reestruturar, e não descarto acontecer (o patrocínio master) agora ou no fim do ano - pontuou.
Embora saiba da pressão gerada sobre ele, Giannubilo é só elogios ao apoio da cúpula palmeirense durante o período em que trabalhou no clube.
Questionado sobre as reclamações da torcida sobre o seu trabalho, o ex-diretor não contestou. Mas disse que não mudaria em nada suas estratégias.
- Foram muitas horas de trabalho, sempre trabalhando 100% pelo Palmeiras. Não faria nada de diferente, não. Sempre trabalhamos de forma transparente. Só tenho a agradecer.
Em um clube, o seu cliente é a torcida, e eles têm sempre a razão. Se a gente não consegue (o patrocínio), têm o direito de reclamar, sem violência. A torcida tem o seu papel de querer um time forte, um patrocinador forte. Faz parte. Sabíamos que seria assim - encerrou.
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