[OFF] Patrocinadores estão fugindo dos clubes brasileiros

10/8/2014 07:56

[OFF] Patrocinadores estão fugindo dos clubes brasileiros

Muitas equipes procuram desesperadamente por publicidade nas camisas

[OFF] Patrocinadores  estão fugindo dos clubes brasileiros

Bahia é um dos que estão sem patrocínio na camisa. Foto Felipe

Oliveira/Gazeta Press




Há mais de 30 anos que o futebol brasileiro vem tentando compensar a má gestão de seus dirigentes com a esperança de arrecadar mais receitas com fontes de patrocínio.



Por um tempo, esta situação patinou, com os clubes despertando interesse de empresas. No entanto, o encanto parece ter acabado. Conforme o próprio diretor-executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, admitiu recentemente, a Caixa Econômica Federal foi a única instituição que entrou no futebol nos últimos dois anos.



— Se uma instituição financeira não tivesse entrado ano passado no futebol (a Caixa Econômica Federal), muitos clubes estariam sem patrocínio.



Os grandes clubes, que antes se gabavam do próprio potencial atrativo, praticamente estão mendigando verbas de publicidade para as camisas. Os tempos de glória, quando casamentos como Corinthians e Suvinil; Palmeiras e Parmalat; vários clubes e a Coca-Cola, pareciam promissores, principalmente no discurso irresponsável e delirante de alguns dirigentes, mostraram que tudo não passou de um sonho.



Com dívidas crescentes e gastos exorbitantes, as instituições desceram do pedestal. Não criaram mecanismos de gestão eficiente. A verdade é que não conseguiram, e não souberam, sanear seus cofres.



Agora, salvos os que têm a salvadora Caixa (que chega a investir R$ 100 milhões em um único clube), os outros praticamente mendigam por publicidade em suas camisas, muitas vezes fazendo contratos pontuais, para pagar dois ou três meses de salários, com empresas intermediárias.



A derrota da seleção brasileira para a Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, serviu inclusive para o futebol do país se olhar mais no espelho e ver de frente o seus defeitos nesta questão comercial. Assim pensa o economista Chau Kuo Hue, mestre pela FGV e profissional de planejamento estratégico.



— O futebol brasileiro tem o mesmo problema dos governantes. Constrói a ilusão de que tudo está maravilhoso, enquanto o período está favorável, e não dá atenção para um outro lado, mais consistente, que exige planejamento.



Assim, se esquece dos reais problemas, que aparecem no primeiro obstáculo. Foi assim com o período de crescimento econômico do primeiro mandato do Lula e assim com a seleção brasileira, quando venceu a Copa das Confederações em 2013. É uma questão cultural do país.



Trapaçhadas



Não se pode negar também que, muito em função da falta de credibilidade na gestão dos dirigentes, as empresas estão perdendo o interesse em vincular suas marcas aos clubes. O produto futebol já não atrai empreenderores quem busquem ganhar visibilidade.



Pelo contrário, os está espantando. Ainda mais porque, conforme observou Kuo Hue, em geral, os departamentos de marketing das empresas chegaram à conclusão de que não é possível saber se o futebol aumenta as vendas de um negócio.



— O que tem acontecido nos últimos cinco anos é que existe uma dificuldade enorme das empresas em mensurar o retorno com patrocínios voltados ao futebol. É impossível saber com certeza se o investimento trouxe mais consumidores ou se um eventual aumento ocorreu por outros fatores, como anúncios em outros veículos ou promoções.



Neste momento, muitas equipes estão sem uma marca forte para estampar nas camisas. São os casos de São Paulo, Palmeiras, Santos, Bahia e tantos outros no país. A maioria dos que têm, recebem o aporte de um banco, em alguns casos, como o do Inter e o do Grêmio (Banrisul), um valor menor do que o necessário para equilibrar o orçamento. Não se trata apenas da desaceleração do crescimento da economia, que, segundo Kuo Hue, também contribui. A questão passa também pela falta de profissionalismo e o alto endividamento dos clubes.



—Nos últimos anos, com um crescimento menor da Economia, as empresas tiveram receitas menores e ficam mais cautelosas em investir em uma opção mais secundária, como o futebol.



Kuo Hue admite que o futebol brasileiro está com a imagem arranhada e, mesmo sendo um esporte muito popular, os empresário estão preferindo dar um tempo para analisar melhor os rumos que o esporte está tomando.



— Possíveis patrocinadores não querem botar R$ 20 milhões, por exemplo, em algo que não saberão medir o retorno. E tem o fator credibilidade, muito importante. Em meio a tantas dívidas e escândalos no futebol, é provável que as empresas não queiram associar a marca a algo que volta e meia está metido em trapalhadas.



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4098 visitas - Fonte: R7

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