Foi há 20 anos. No dia 16 de junho de 1999, Zapata cobrou o último pênalti do Deportivo Cali direto nas placas de publicidade do antigo Palestra Itália. De boca aberta e do outro lado da trave, o então goleiro Marcos correu em direção da torcida. Naquela noite, o Palmeiras conquistava sua edição da Libertadores pela primeira vez na história. Após vencer o time colombiano no tempo normal por 2 a 1, o Verdão virou uma disputa nos pênaltis por 4 a 3 e ficou com o caneco.
O arqueiro rival, chamado Rafael Dudamel, fez de tudo naquela noite para que o Palmeiras não fosse campeão. Além da tradicional ‘cera’, o polêmico goleiro fechou a trave e ainda guardou a primeira penalidade do Deportivo Cali nas alternadas. Hoje, 20 anos depois, Dudamel é o atual comandante da seleção venezuelana, que encara o Brasil, nesta terça-feira, na Arena Fonte Nova, em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América.
Durante a coletiva de imprensa da última segunda-feira, Dudamel conversou com o FOXSports.com.br sobre a data feliz para os torcedores do Palmeiras. Como o próprio venezuelano disse, relembrar tanta coisa seria como fazer uma ‘viagem no tempo’.
“Me lembro que o Palmeiras era dirigido pelo Scolari e tinha o Marcos, que era o meu colega. Em Cali, o Palmeiras foi agressivo nos primeiros 20, 25 minutos. Mas, logo em seguida, o Scolari disse: “voltem, voltem”. Conseguimos uma vitória por 1 a 0. E, no Parque Antártica, perdemos por 2 a 1 e erramos os dois últimos pênaltis. Mas foi uma série muito parelha. A diferença em casa de cada um foi fundamental. Tenho lembranças muito boas daquela final”, disse com um tom saudosista e com bom humor na coletiva.
Após vencer o Palmeiras por 1 a 0, o Deportivo Cali perdeu por 2 a 1 no Parque Antártica. Os gols foram marcados por Evair e Oseás para o Palmeiras e Zapata para os visitantes. Nas alternadas, Zinho perdeu a primeira cobrança. Porém, Bedoya e Zapara perderam os dois últimos e deram o título ao Palmeiras.