Seleção é atraso de vida... pro torcedor

6/3/2020 08:18

Seleção é atraso de vida... pro torcedor

Seleção é atraso de vida... pro torcedor

Imagem: Pedro Martins/Mowa Press



Caro amigo do papo semanal neste portentoso portal, hoje é dia de ver torcedor bravo, soltando fogo pelas ventas. Sabe por quê? Porque tem convocação da seleção.







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Sim, senhor, o técnico Tite nesta sexta divulga a lista dos escolhidos para enfrentar Bolívia (dia 27) e Peru (31), na abertura das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2022. Como sempre ocorre, haverá mescla entre atletas que atuam no País e aqueles espalhados pelo mundo. A turma se reúne uns dias antes para treinos e, em seguida, vai à luta.



Tudo normal? Não como em princípio aparenta.



Chamada para defender as cores do País, por tradição, sempre foi momento solene, motivo de orgulho para atletas, clubes e fãs. As coisas mudaram por aqui, pelo menos para uma das partes - e é para a turma que curte futebol nas arquibancadas, pelas ondas do rádio ou pela telinha.



Se, antes, o fanático ficava feliz da vida por ver muitos jogadores de seu time na relação dos melhores, agora lhe vem sentimento de raiva. E com razão, pois há tempos seleção virou sinônimo de estorvo, de atraso de vida. O calendário do scratch inchou, há jogos e competições supérfluos e isso atravanca a rotina dos clubes.



Amigos, time é mais importante do que seleção. As cores da agremiação que curtimos desde a infância são sagradas, representam a nossa "nação". Para torcedor raiz jamais haverá dúvida, se for preciso escolher: entre clube do coração e seleção, prevalecerá a primeira opção.



Por isso, a expectativa em dias de convocação se inverteu. Em outras épocas, havia adrenalina, apostas e provocações entre os torcedores. O sujeito grudava o ouvido no radinho para anotar os nomes dos chamados. Se tivesse mais gente do seu time, estufava o peito e botava banca, pois era sinal de superioridade. "Meu time é o maior!"



Agora, o cara que é fissurado em futebol pega o terço (espero que ainda exista quem reze o terço), acende uma vela, faz promessa pra santo para que o treinador não leve nenhum de seus ídolos para a amarelinha. Esperam que os adversários se desfalquem... Espírito de porco? Não, espírito de preservação.



Com os calendários malucos, com torneios que se sobrepõem, é imenso o risco de times serem enfraquecidos pela seleção. Tem sido assim nos últimos anos. Cansamos de ver o Brasil jogando por aí, enquanto as equipes se viram para compensar a ausência de titulares, muitas vezes em confrontos decisivos. Aconteceu no ano passado mesmo.



Acha que exagero? Nada. Dê uma passeada por blogs, sites, fóruns de debates de torcedores rubro-negros, por exemplo, e confira a apreensão deles. Muita gente teme, e com razão, que Tite cisme de convocar vários jogadores do campeão da América. O medo está no desgaste a que os moços serão submetidos e, sobretudo, no risco de contusão.



Nos casos específicos das partidas contra bolivianos e peruanos, há uma atenuante, rara: os torneios estaduais estarão suspensos, bem como a Libertadores. Menos mal, e esse seria o procedimento corriqueiro. Mas, no meio do ano, tem outra malfadada Copa América e a CBF já avisou que, àquela altura, não vai parar o Brasileirão. Ou seja, tem clube que pode ficar sem atletas de ponta por seis ou mais rodadas. Um absurdo!



Na momento em que você estiver lendo este artigo (obrigado pela atenção!), provavelmente a lista já tenha saído. Se eu fosse flamenguista, teria feito campanha para vender ao Tite a ideia de que nenhum dos moços que trabalham com Jorge Jesus tem condições de ir pra seleção. Tudo perna de pau e cabeça de bagre. Melhor chamar só as estrelas internacionais, que jogam o fino...



Ironia à parte: se eu fosse o Tite chamava todo o time do Flamengo, exceto o Arrascaeta (convocado pelo Uruguai), enxertava um ou outro de fora, trocava o rubro-negro pelo verde e amarelo, e mandava o pessoal para o campo. Garanto que bateria Bolívia e Peru com folgas.



O Flamengo hoje é sinônimo de seleção, como uma vez já foram Santos, Botafogo, Cruzeiro, São Paulo, Palmeiras - este, literalmente, vestiu a camisa amarela, na inauguração do Mineirão, em 1966, e ganhou do Uruguai por 3 a 0.



Claro que tal alternativa é inviável, por razões técnicas, financeiras, esportivas, diplomáticas. Infelizmente.



Não sou contra a seleção, porém sou totalmente a favor dos clubes. Por isso, não arredo pé de colocá-la em segundo plano, enquanto a cartolagem não encontrar uma forma de evitar que interfira na vida das agremiações.













Palmeiras, verdão, alviverde, Alianz Parque, CT da barra funda, paulista, libertadores, mundial, brasileiro, copa do brasil, Vanderlei Luxemburgo, técnico,



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