O Palmeiras volta a receber hoje (9) o seu torcedor no Allianz Parque. Diante do Red Bull Bragantino, a equipe tenta manter o foco no Campeonato Brasileiro com um encontro inédito: Abel Ferreira e Turma do Amendoim.
Há pouco menos de um ano no comando, o técnico português nunca pôde entrar em casa com o apoio de seus torcedores e vai ter o seu primeiro contato com o público desde a chegada ao Brasil. A questão é: será que o tom vai ser de agradecimentos pelos títulos tão importantes conquistados ou de cobranças pelo futebol apresentado atualmente não ser tão bom?
O encontro será uma atração à parte. Abel já mostrou incômodo com algumas cobranças por melhoras no futebol do Palmeiras, especialmente as feitas por redes sociais e por manifestos publicados por organizados durante esse período.
Ele já demonstrou em entrevistas que não faz o tipo do técnico que foge do debate e será curioso ver se ele responderá aos mais exaltados que ficarão no banco de reservas e certamente acionarão as suas cornetas dependendo do resultado. Em meio à pandemia, o termômetro usado por imprensa e até pela comissão é apenas o das hashtags ou de eventuais protestos como muros pichados.
Na cabeça de Abel, o título da Libertadores e da Copa do Brasil já seriam suficientes par ao torcedor dar mais paz para o Palmeiras. Ele já disse que o verdadeiro palmeirense precisa apoiar justamente nas horas mais difíceis. Mas não é bem assim. Nem mesmo com a vaga assegurada na sua segunda final do torneio continental e na 3ª colocação do Brasileirão ele consegue respirar.
É verdade que seria triste o comandante que ganhou tanto em pouco tempo não poder curtir a torcida, mas os palmeirenses são assim e têm o lado crítico mais aflorado do que outras torcidas por aí.
Não é à toa que Luiz Felipe Scolari, outro técnico bem vencedor na história palestrina, nomeou os que ficavam mais próximos ao banco de Turma do Amendoim. O apelido é conhecido até hoje, assim como as cornetas também existem até hoje.
Após a reforma do tradicional Palestra Itália, a nova localização da Turma do Amendoim é justamente atrás do banco do técnico do Palmeiras. Semelhante ao que era no antigo estádio, mas com ainda mais proximidade. O grupo é composto por vários torcedores comuns, mas também por diretores, conselheiros e associados que conseguem fazer seu barulho ecoar na cúpula do futebol.
Outra turma que já mostrou certa impaciência com Abel Ferreira é a Mancha Verde, a principal organizada do clube. Recentemente, publicou manifestos fazendo cobranças, desapareceu quando o time conseguiu a vaga na final da Libertadores, mas já voltou a aparecer com o tropeço diante do América-MG.
Tudo vai depender do futebol apresentado pelo Palmeiras no seu reencontro com a torcida. E é bom Abel saber que o que foi apresentado ultimamente no Brasileirão não bastará para receber os merecidos aplausos pelas conquistas recentes.
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Um vizinho é ruim, quinhentos cornetas o Mister Abel vai ver o que é bom pra tosse.
AGORA FUDEU .OS AMENDOINS .OU ABEL XINGA OU .....