Belluzzo considera que acusações contra ele são infundadas (Foto: Cesar Greco/Divulgação)
Foi entregue na noite de sexta, na secretária do clube, o relatório da sindicância aberta contra Luiz Gonzaga Belluzzo, após as contas de 2010, último ano de sua gestão como presidente, não terem sido aprovadas no Palmeiras. O comitê, criado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Augusto Pompeu de Toledo, pediu a suspensão de um ano do candidato a vice, além da perda de seus títulos no clube, incluindo o de conselheiro.
A pena é apenas sugerida, e dependerá de votação no Conselho Deliberativo, que receberá os documentos nesta semana. O CD não precisa necessariamente acatar à sindicância, e deve estudar o caso após a eleição (dia 13 haverá o filtro, e no dia 29 de novembro, os sócios escolhem o novo presidente). O relatório conta com 1500 páginas e gerou um estudo de quase seis meses dos membros da comissão.
Se Belluzzo for punido, ele não poderá assumir como vice, caso a chapa de Pescarmona vença e seria obrigado a reiniciar sua carreira política no clube desde o início. Salvador Hugo Palaia, vice na gestão e presidente quando o então mandatário ficou internado, teve a mesma pena sugerida, mas suspensão menor: seis meses. Gilberto Cipullo e Francisco Busico, diretores de futebol e financeiros à época, respectivamente, podem ser suspensos por seis meses, também. Eles, porém, não perderiam seus títulos.
Entre os questionamentos, cita-se que a Belluzzo assumiu o clube com R$ 27 milhões em dívidas, e saiu com cerca de R$ 110 milhões. Procurado, o candidato a vice considera que as acusações contra ele são infundadas, e falou até em processar os membros do comitê de sindicância. Às vésperas do pleno, o ex-presidente a vê um "oportunismo político".
- Eu já mandei uma carta, dizendo que as acusações são infundadas, e meu advogado está cuidando disto. Está prescrito já, eu reestruturei o valor de estoque da dívida. Paguei impostos para pegar a CND (Certidão Negativa de Débito), renegociei IPTU, dívida fiscal, e o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) aprovou - explicou.
- Eles não sabem o que estão falando. Meu advogado riu da história. Ele estudou o estatuto e viu que são decisões antiestutárias, puramente para me atingir. E você acha que vai me atingir? Não vai, é claramente uma manobra para me afastar do clube. Eu nem queria ser nada (nestas eleições), mas as pessoas pedem e eu aceitei. Agora vão ter que passar pelo conselho, e vai ser confusão para mais de metro. Se for punido, vou meter um processo no presidente da comissão, porque é um gesto de oportunismo político da pior espécie. Acende rivalidades, não faz bem para o clube. Se o conselho decidir me punir, não posso fazer nada - completou.
Em breve, o presidente Arnaldo Tirone também será alvo de uma sindicância no clube. As contas de 2012, último ano de sua gestão, também não foram aprovadas.
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