Mouche atuou duas vezes sob o comando de Dorival Júnior (Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press)
A contratação de Mouche foi um pedido de Ricardo Gareca logo que chegou ao Palmeiras. Com o técnico argentino, o camisa 14 teve oportunidades, mas não deslanchou.
Agora sob o comando de Dorival Júnior, o atacante viu as oportunidades diminuírem. São só dois jogos com o novo comandante. Ssituação que, embora o jogador respeite, o deixa incomodado.
– Seu eu falar que estou contente, estou mentindo. Eu gosto de jogar, e penso que tenho o potencial e a gana para ter mais oportunidades de poder ajudar meus companheiros.
Respeito a decisão do técnico, sempre tenho que respeitar a decisão de um chefe, que arma o time com os melhores, mas estou me esforçando a cada dia, para quando tiver a oportunidade, estar à altura – disse, ao L!Net.
Mouche realizou 13 jogos pelo Verdão, mas apenas dois deles com Dorival – o último, contra o Flamengo, no dia 17 de setembro.
O argentino começou como titular, mas saiu para a entrada de Valdivia, no intervalo. Ter a chance de atuar com o amigo chileno, inclusive, é uma de suas vontades no Alviverde.
Juntos, os atletas atuaram em só 15 minutos do clássico com o São Paulo, no qual o Mago saiu lesionado.
O encontro com o Rubro-Negro marcou a volta do camisa 10, e, desde então, Mouche o assiste apenas do banco de reservas palmeirense.
– Estou sempre apoiando o grupo, os que jogam, sempre trato de animar os meus companheiros, mas é algo natural que não esteja totalmente contente – acrescentou.
É fato, também, que o argentino ainda não conseguiu o futebol para valer os quase R$ 11 milhões investidos nele.
E o atacante sabe disto. Segundo Mouche, pesam contra sua adaptação o momento ruim do Verdão e a falta de uma sequência. O período em que o jogador perdeu espaço coincidiu com o crescimento de Diogo (que agora está lesionado) e do seu compatriota Cristaldo. Ele quer ainda assim “dar a cara para bater” e afastar o risco de queda à Série B.
– Estou comprometido ao clube, a esta camisa e aos meus companheiros. Quero ajudar a equipe. Sei que temos que dar a cara em campo neste momento para virar a situação.
COM OS TÉCNICOS
Ricardo Gareca
O argentino treinou o time em 13 jogos, e em 11 deles utilizou Mouche. O atacante foi titular sete vezes, saiu do banco em outras quatro e marcou uma vez, contra o Avaí, na Copa do Brasil. Só não atuou contra o Santos (então sem condições físicas), e no amistoso contra a Fiorentina-ITA, quando atuou uma equipe reserva.
Dorival Júnior
Nos oito jogos do atual comandante, Mouche foi relacionado para todos, mas acabou utilizado apenas duas vezes. Entrou na derrota para o Fluminense, quando o time já estava sendo batido por 3 a 0 e teve atuação razoável. No jogo seguinte, foi titular, ante o Flamengo, mas produziu pouco. Saiu para a entrada de Valdivia.
CONFIRA UM BATE-BOLA COM MOUCHE:
Você já se considera adaptado?
É normal que demore um pouco mais a adaptação quando o time não está em boa situação. Seria muito mais fácil se estivesse mais acima na tabela. Eu estou acostumado a jogar com pressão, não me incomoda. Sempre tratei de ajudar, defender a camisa.
Você tem jogado quase como um meia. É a posição que gosta?
Eu me acomodo ao que pedem os técnicos, mas minha posição natural é ser atacante, agressivo na frente, ajudar a criar perigo, a não deixar o centroavante sozinho, e pressionar os marcadores no campo de ataque.
Por que você não deslanchou?
Sei que para o jogador que vem da Europa a adaptação é um pouco mais difícil, um pouco mais complicada. Só tenho que seguir trabalhando, mas para me adaptar e ter confiança necessito mais oportunidades para devolver a confiança da diretoria e das pessoas que esperam muito de mim.
No grupo, de qual jogador você é mais próximo?
Tenho boa relação com todos. É um grupo incrível, que do primeiro dia que cheguei ao Brasil e me apresentei me tratou muito bem, sempre ajudando, sendo solidário. São seres humanos muito bons, é muito importante nesta fase, porque une mais o grupo, e estou seguro que vamos sair desta situação.
O que você diria à torcida?
O torcedor do Palmeiras espera muito de mim. E eu tenho o compromisso e responsabilidade disto. Todo ciclo novo precisa de adaptação, e o tempo necessita de confiança, de ritmo de jogo, continuidade. Só digo que tenham paciência, porque posso dar muitas alegrias ao Palmeiras.
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