Fernando Prass foi o quinto palmeirense a bater na final de quarta, contra o Santos (Foto: Marcos Ribolli)
Fernando Prass não é o único goleiro a ter feito gol pelo Palmeiras. Catorze anos antes de ele dar ao clube o título da Copa do Brasil, na última quarta-feira, Marcos já havia assumido função inversa e balançado a rede do antigo Palestra Itália.
O gol saiu em disputa contra a Inter de Limeira, na primeira fase do Campeonato Paulista de 2001. Soa estranho, mas foi isso mesmo: naquela edição, havia cobrança de pênaltis ao final das partidas que terminassem empatadas, e o vencedor ganhava um ponto a mais.
Em 4 de março daquele ano, depois de um 0 a 0 no tempo normal, a disputa foi além dos três tiros livres previstos, chegando ao todo a 14 cobranças de cada lado, incluindo alternadas. Marcos bateu uma vez, no canto direito do goleiro adversário. Dois erros de Tuta, porém, deram a vitória à equipe de Limeira.
Na quarta-feira, o contexto no modernizado estádio palmeirense era outro. Além de se tratar de uma final de torneio, Prass costuma treinar penalidades - o que Marcos não fazia - e aceitou ser o último da lista de cinco nomes na disputa contra o Santos. Seu gol, no canto esquerdo do santista Vanderlei, assegurou o título.
– É uma sensação totalmente diferente. Nunca tinha sentido isso, ainda mais em uma decisão de pênalti, na última cobrança e que decidiu o título – diz o goleiro, que rejeita rótulo de "São Prass" (alusão ao apelido de "São Marcos"), mas tem noção, já dentro de casa, que seu nome entrou definitivamente na história do Palmeiras.
– Minha esposa falou que meus filhos gritaram muito, pularam, comemoraram. Eles estavam muito nervosos. Meu filho já entende tudo, posição de jogador, o que cada um faz em campo. Ele entendeu bem a importância do gol – contou o camisa 1.
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