Novo reforço do Palmeiras, Tchê Tchê na verdade se chama Danilo das Neves Pinheiro
Na última quinta-feira, o Palmeiras anunciou a contratação do lateral/meio-campista Tchê Tchê, de 23 anos, um dos grandes destaques do Grêmio Osasco Audax, finalista do Paulistão - ele se apresenta após as finais do Estadual, contra o Santos. Conhecido pela polivalência e por ser ambidestro, o jovem atleta chega em alta ao Palestra Itália, a pedido do técnico Cuca. Para isso, porém, ele teve que "ressurgir das cinzas" após abandonar algo que o acompanhou desde a infância: seu apelido.
Tudo aconteceu em janeiro de 2015, quando Tchê Tchê, revelado pelo próprio Audax, foi emprestado à Ponte Preta, após passagem pelo Guaratinguetá (que disputou a Série C de 2014 com o elenco "alugado" da equipe de Osasco).
Ao chegar ao Moisés Lucarelli, e deslumbrado pela chance de disputar a elite do Brasileirão pela primeira vez na carreira, o atleta anunciou uma "revolução": abandonaria seu apelido de criança em troca de um nome "sério", que lhe desse credibilidade no novo time.
Danilo Neves, o Tchê Tchê, na Ponte Preta
"Tchê Tchê é o meu apelido de infância. Um amigo meu colocou, porque ele disse que eu era parecido com um tal de Tchê Tchê da rua dele e acabou esse apelido pegando em mim também. Não tem nada a ver com a música (do cantor sertanejo Gusttavo Lima). O meu é muito mais antigo", explicou o atleta, em sua apresentação na "Macaca", em 15 de janeiro do ano passado.
A partir daquele dia, ele mesmo se "batizou": deixaria de ser Tchê Tchê para se tornar Danilo Neves. "Já estou acostumado com o apelido, mas aqui na Ponte eu acho melhor o Danilo Neves. Passa mais seriedade", ressaltou.
O problema é que Danilo Neves não conseguiu manter o nível de Tchê Tchê. O meia nunca conseguiu cair nas graças do técnico Guto Ferreira, e apenas "esquentou o banco" dos experientes Renato Cajá e Adrianinho durante a passagem por Campinas.
Nem mesmo a venda de Cajá para o futebol árabe abriu vaga para o atleta no meio-campo da Ponte. Não à toa, ele fez apenas uma partida oficial durante os três meses que passou no interior paulista: contra o Vilhena, pela Copa do Brasil.
Sem chances, acabou emprestado ao Boa Esporte em abril de 2015, chegando em um verdadeiro "pacotão" de reforços, que contou ainda com nomes como o do experiente goleiro Andrey, ex-Grêmio e Cruzeiro, além de "anônimos" como Felipe Baiano e Pirão.
Em Minas Gerais, no entanto, ele seguiu em má fase, ainda mais com o time fazendo péssima campanha na Série B (terminou em penúltimo, sendo rebaixado junto com Macaé, ABC e Mogi Mirim). Ao todo, fez apenas três jogos pelo clube de Varginha.
O jeito, então, foi retornar às origens. Em todos os aspectos.
Tchê Tchê comemora o golaço contra o Corinthians
No início deste ano, o jogador foi devolvido ao Audax e resolveu "aposentar" Danilo Neves, voltando a ser Tchê Tchê. Foi como mudar da água para o vinho.
Após realizar um Paulistão sólido, ele chamou a atenção dos rivais Corinthians e Palmeiras, especialmente após marcar um golaço de perna esquerda em Itaquera, no jogo em que os alvinegros foram eliminados do Estadual. O time alviverde levou a melhor, deu um "chapéu" no rival e anunciou um pré-contrato com o atleta na quinta.
Resta saber agora se, no Palmeiras, ele seguirá sendo Tchê Tchê, ou se Danilo Neves deixará a aposentadoria para tentar reerguer a carreira...
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