Cleiton Xavier ficou cinco anos no Metalist
Autor do gol decisivo na vitória por 1 a 0 no clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, neste domingo, no Allianz Parque, Cleiton Xavier é um velho conhecido da torcida do Palmeiras e também um sonho antigo do presidente Paulo Nobre.
Depois de uma boa passagem com a camisa alviverde entre 2009 e 2010, o meia foi defender o Metalist, da Ucrânia, e virou ídolo nos cinco anos em que morou em Kharkiv. Mesmo não faturando nenhum título, ele conseguiu feitos inéditos para a equipe, como a classificação para fase preliminar da Uefa Champions League.
O carinho era tanto que, toda vez em que o brasileiro colocava os pés para fora de casa, precisava seguir um ritual.
"Ele era parado todo dia nas ruas pelos torcedores para tirarem foto e dar autógrafos. É um cara muito humilde. Ele saía para qualquer lugar mesmo com todo assédio, não tinha tempo ruim", contou o ex-preparador físico do time ucraniano, Michel Huff, ao ESPN.com.br.
Não era para menos. Além da simpatia, Cleiton conquistava a torcida com lances bonitos, como o golaço do meio-campo que fez na vitória de 3 a 1 sobre o Chornomorets, pela Liga Ucraniana (veja abaixo), em 2013. Além disso, fez outra pintura no triunfo por 2 a 0 no Bayer Leverkusen pela Liga Europa em 2012.
Ele dominou a bola de chaleira e tocou com categoria na saída do goleiro. Alguns meses depois, a televisão da Uefa apareceu no clube e pediu para o brasileiro refazer o lance.
"Queriam meio que fazer um teste de controle de bola e tal. Os caras chegaram de surpresa e ninguém sabia que teria aquela matéria, porque não existe assessoria de imprensa lá (risos). Daí ele fez tudo lá, reproduziu o golaço e saiu no site da Uefa e ficou muito bacana a matéria", afirmou.
Se fazia muito sucesso na Europa, o camisa 10 tinha diversos fãs no Brasil, incluindo o atual presidente palmeirense. Antes de conseguir repatriar o meia, no ano passado, Paulo Nobre tentou por diversas vezes a sua contratação.
"Ele estava na Ucrânia e tinha muito assédio do Palmeiras. Pelo menos três vezes queriam que ele voltasse. Até no ano do centenário do time, em 2014. O Cleiton falou com o Paulo Nobre várias vezes, que é muito fã dele", recordou.
A oportunidade de contratar o jogador surgiu quando estourou o conflito na Ucrânia, em 2014. Com problemas de regiões separatistas na divisa com a Rússia e a fuga do presidente do Metalist do país, o time entrou em decadência.

C. Xavier está na segunda passagem no Palmeiras
Cleiton conseguiu romper seu vínculo com a equipe ucraniana na justiça por causa de salários atrasados no começo do ano passado.
"Ele saiu muito em função dos problemas econômicos do país. Disse que a volta dele ao Brasil não poderia ser em outo time", relatou.
Depois de sofrer com muitas lesões no ano passado, que o fizeram até mesmo pensar em se aposentar do futebol, Cleiton vem retomando, aos poucos, a velha forma. Prova disso foi o gol de cabeça marcado depois de entrar no segundo tempo da partida contra o Corinthians.
"É um cara acima do nível que eu já vi, um jogador de muita qualidade e muito profissional. Ele pensa o jogo, não apenas executa", finalizou o preparado físico brasileiro.
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