Problema com torcida é questão social, não só do futebol, diz Dracena

A torcida organizada do Palmeiras tem prejudicado o clube com suas atitudes fora do campo (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)



Aos 42 minutos do segundo tempo, a partida entre Palmeiras e Coritiba foi interrompida pelo árbitro. O motivo foi a fumaça de sinalizadores vindos do setor palmeirense da arquibancada atrapalharem a visibilidade dentro do campo. Problemas com os torcedores têm se tornado cada vez mais comum no clube alviverde, mas Edu Dracena acredita que essa questão ultrapassa o futebol, sendo uma falha da sociedade brasileira.



“O problema não é só a torcida, é cultural. A violência e a impunidade não ocorrem apenas no futebol, mas em toda a sociedade. Algumas pessoas se acham no direito de ir ao estádio para agredir outras pessoas e soltar sinalizadores. Temos que parar e refletir, pois a educação que recebemos no país é de achar que não haverá consequências”, apontou o atleta.



A polêmica ocorre ao mesmo tempo em que o clube tem que lidar com outro problema relacionado aos torcedores. Após a briga no jogo contra o Flamengo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, o Palmeiras foi condenado a mandar um jogo com portões fechado e a pagar multa de R$ 80 mil.



Para Dracena, esse tipo de atitude não ajuda a equipe a buscar vitórias. “A maneira de torcer é a que aconteceu no clássico contra o Corinthians”, lembrou. O zagueiro ainda fez questão ressaltar que quem tem causado transtornos ao clube não representa a totalidade da torcida palmeirense. “São alguns grupos que acabam prejudicando o clube e a própria torcida”, apontou.



Há algum tempo, as torcidas organizadas do Palmeiras estão em litígio com o clube e com os torcedores ‘comuns’. A situação já atingiu momentos de maior tensão com alguns palmeirenses vaiando as organizadas. Apesar da chateação, Dracena lembrou que é importante que todos estejam unidos. “Não podemos brigar entre a gente. Tanto a torcida, como o time. Temos que nos unir e jogarmos juntos, porque o Brasileiro é difícil”, alertou.