29/6/2020 13:50
Acusação de falsificação em separação desgastou Dudu e acelerou negociação
O atacante Dudu já não esconde seu desejo de sair do Palmeiras. Em conversas com pessoas próximas e representantes do clube, o jogador vê com bons olhos uma ida para o futebol exterior - ele tem proposta do Al Duhail, do Qatar. Tal motivação, no entanto, é anterior à polêmica acusação de agressão da última semana. Em outro imbróglio entre o atleta e sua esposa, Mallu Ohana, acelerou a vontade de dar adeus ao Palestra e ao futebol nacional.
No complicado processo de divórcio entre as partes, Mallu e suas representantes legais acusam Dudu de implantar uma assinatura falsa em um documento onde a ainda esposa renunciaria à parte que tem direito na separação.
Aberto em fevereiro de 2020, o processo corre em segredo de Justiça. Segundo a defesa, em meados de março, um pacto antenupcial onde Mallu abriria mão de sua parte financeira em questão foi anexado aos autos e contestado pela mesma, gerando o imbróglio que incomoda cada vez mais o atleta.
"São quase 11 anos de relação. A Mallu nunca assinou isso. Como surgiu um documento assim? Implantaram uma assinatura no processo de separação. A Mallu nunca assinou nada neste sentido. É isso que questionamos. Esse é o ponto", confirmou a advogada da esposa de Dudu, Liliane Sobreira.
Defesa do jogador nega
O estafe de Dudu refuta com veemência tal acusação. O UOL Esporte apurou que, em defesa do atleta, as pessoas próximas ao caso argumentam que o pacto foi registrado como uma escritura pública em cartório, com as assinaturas sendo checadas por autenticidade - com a presença de ambos -, não por semelhança, o que impediria tal falsificação.
"Não comento processo por uma questão legal. O caso corre em segredo de Justiça e respeitarei isso. Mas é uma premissa básica. Toda escritura pública é lida, em voz alta inclusive, e assinada pelas partes", disse o advogado de Dudu na esfera cível, Paulo Sigaud.
"Seguiremos implacáveis para provar a verdade", finalizou.
Os representantes legais de Mallu rebatem a argumentação da parte de Dudu e explicam sua versão para o caso da assinatura de tal escritura.
"Temos provas contundentes nos autos. A escrevente descreve nas costas da escritura que nada foi assinado no cartório, que teria sido feita uma diligência na casa da Mallu. Como assim? Ela nunca esteve lá. A Mallu ainda descobriu um filho dele fora do casamento uma semana antes disso. Ela abriria mão de sua parte depois disso? Claro que não. E tem mais: na data que consta nesse tal documento, dia 7 de janeiro de 2019, o Dudu estava concentrado no CT do Palmeiras. Como assinou um documento em casa? Vamos provar tudo. A perícia vai mostrar", rebateu a advogada Liliane Sobreira.