O Cucabol e as múltiplas identidades do Palmeiras

26/9/2016 18:59

O Cucabol e as múltiplas identidades do Palmeiras

O Cucabol e as múltiplas identidades do Palmeiras

O Palmeiras é a garra do Banana, aliás, Leandro Pereira, e a arte de Ademir da Guia



Mal havia se passado 1 minuto do segundo tempo do jogo de sábado contra o Coritiba e eu, instalado ali atrás do gol sul, avisei pros amigos ao redor: “Vamos ver um gol de lateral aqui na nossa frente”. Moisés cobrou, e depois de escoradas de Mina e Dudu, Gabriel Jesus cabeceou no travessão. Não foi naquela hora, mas cinco minutos depois, em bola alçada na área e após cochilo do goleiro Wilson, o Palmeiras fez 1 a 0 em mais uma legítima manifestação do tal “Cucabol”, como assim definiu certo mal-humorado comentarista aqui da casa, cujo passatempo nos últimos dias nas redes sociais tem sido bloquear palmeirenses apenas por discordar dele.



Minutos depois, em uma jogada ensaiada perfeita em sua simplicidade, Mina fez o segundo e praticamente garantiu a vitória. Gabriel Jesus ainda perdeu um caminhão de gols e o Coxa fez o seu, garantindo aquela dose de emoção da qual o Palmeiras parece não conseguir se livrar nos últimos anos – pra que vencer com folga se é possível tomar sufoco no fim? Como os amigos ali em volta, uma conclusão nem um pouco lógica, tampouco sensata: o Palmeiras vendeu a alma ao contratar Scolari para vencer a Libertadores, no já distante 1997, e agora teremos sabe-se lá quantos anos de sofrimentos e vitórias no osso até voltarmos a ser a Academia.



Após o jogo, Cuca reclamou das críticas ao Cucabol e uma verdadeira guerra virtual, “os palmeirenses contra o #comentibol, também chamado de #linguabol”, instalou-se na internet. Não participei porque estava bebendo com meus companheiros de arquibancada e paixão ali na Caraíbas e também por estar “punido” pelo comentarista que anda bloqueando mais que Maurício Souza e Lucão na final olímpica do vôlei.



No domingo eu fui ver a verdadeira obra de arte de Kim Teixeira e Mauro Beting, Palmeiras, O Campeão do Século - O Filme. Vendo as poltronas do cinema, que quase se transformaram em arquibancada, cheias de torcedores vestidos de Palmeiras, fiquei pensando justamente sobre as múltiplas identidades do clube nesses maravilhosos 102 anos de história. A raça de Liminha ao empurrar bola e goleiro da Juventus para o fundo do gol na final do Mundial. A garra do time de 1942, liderado pelo capitão Adalberto Mendes, bandeira do Brasil nas mãos, Oberdan na meta e um massacre até os tricolores fugirem do Pacaembu. A beleza e a arte da Academia. A epifania do fim da fila com o gol de direita de Zinho e o pênalti de Evair. A ofensividade do time dos 100 gols, as vitórias sobre o rival na Libertadores, os pênaltis defendidos por Marcos, o gol de Prass que nos deu nosso último título.



Por trás dessas alcunhas, porém, está um Palmeiras gigante e indefinível, que nunca se pode rotular. Entre as dezenas de gols de Ademir exibidas no filme, há vários lindíssimos após jogadas individuais e tabelas, mas também há os de cabeça após cruzamentos certeiros de Edu e Nei. Ao rever o gol do título de 1974, que calou os rivais e os deixou por mais três anos em jejum, o insight: Jair Gonçalves cruza, Leivinha escora e Ronaldo bate de primeira: o que é isso senão o tal “Cucabol”? Gol do título de 1976, contra o XV de Piracicaba: cruzamento alto da direita no segundo pau e testada firme de Jorge Mendonça. Falei em voz alta no cinema: “Olha, gol de Cucabol já em 76, que coisa...”. O cara que estava na poltrona ao lado riu.







O que faz o Palmeiras gigante é justamente essa mescla: de emoções na torcida (do pessimismo absurdo ao otimismo exagerado) e de estilos em campo (da beleza de um gol de jogada ensaiada à vontade de uma cabeçada disputada palmo a palmo com o goleiro, dois gols opostos em seis minutos no mesmo jogo). Esqueçam os rancores, mágoas e maus humores dos comentaristas. Em 1942 não nos queriam Palestra, então nascemos campeões como Palmeiras. Em 2016, se não gostam dos nossos gols após cobrança de lateral, faremos mais gols assim, e também de cabeça, e de tabela, de falta, de pênalti e do que for. O Palmeiras é maior do que toda essa conversa fiada.



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4716 visitas - Fonte: ESPN FC

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é isso aie aqui é palmeiras.. e q se dane o mundo ... q se foda Mauro sousa.. e companhia palmeiras é maior q eles tudo ... avanti palmeiras

vcs comentarista tem que chupar um canavial de picaaaaaa em vez de falar mal do palmeiras. vão tomar no cú e ver o que os juízes faz pra ajudar os gambas

vcs comentarista tem que chupar um canavial de picaaaaaa em vez de falar mal do palmeiras. vão tomar no cú e ver o que os juízes faz pra ajudar os gambas

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