Tudo isso em um momento de grande pressão, a partir das 17h (de Brasília) deste domingo, contra o Flamengo, na arena.

Afinal, por que o time venceu com tranquilidade Atlético-GO, Ponte Preta e Grêmio e, quando parecia que embalaria e entraria de vez na briga pelo título, acumulou tropeços contra Cruzeiro, Corinthians e Vitória? Além da qualidade dos adversários, houve uma mudança importante no padrão em alguns momentos dessas partidas:



Se antes se explorava (e se tinha sucesso com) a velocidade e os dribles de Keno e Dudu, ultimamente a equipe passou a apostar (sem muito sucesso) nas jogadas pelo alto.



Não que isso tenha sido necessariamente intencional. Mas, depois da eficiente produção nos três primeiros jogos, o Palmeiras se viu sem força para infiltrações ou para quebrar a primeira linha de marcação adversária – Róger Guedes e até o garoto Fernando foram utilizados. Sobrou a bola aérea, que, os números comprovam, não foi suficiente.



Nos últimos três jogos, o time abusou de bolas levantadas:

Exceção feita aos gols de cabeça do baixinho Dudu (após cruzamento de Keno, na derrota por 3 a 1 para o Vitória) e do grandalhão Mina (após cobrança de escanteio, na derrota por 3 a 2 para o Corinthians), zagueiro que agora está a serviço da seleção colombiana, a tática só facilitou o trabalho das defesas rivais.



Além da parte técnica, outro fator que deve ser superado é o nervosismo. Não por coincidência, nos três jogos com mais bolas levantadas à área, o Palmeiras saiu atrás no placar. Diante do Vitória, ainda houve um pouco menos por conta da expulsão de um jogador adversário. Mesmo assim, a equipe da casa não foi efetivamente ameaçada nem pelo chão.



Reforço em momento decisivo



Para o duelo contra o Flamengo, a expectativa é quanto ao retorno de Willian. Artilheiro do time em 2017, com 17 gols marcados, ele dá ao time uma opção de referência, mas também tem qualidade para buscar o jogo pelo meio e pelos lados. Deyverson, que cumpriu suspensão automática na rodada passada, também volta a ficar à disposição.



Independentemente da escalação, é certo que a pressão por vitória será grande. O retrospecto negativo em mais um momento decisivo rendeu críticas e até protestos – muros da arena foram pichados; Egídio foi cobrado no retorno de Salvador, e a principal torcida organizada promete cobrança.



A cinco rodadas do fim do campeonato Brasileiro e em queda de produção, o duelo contra os cariocas ganhou status de decisão.

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