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Usando o slogan "verde é a cor da inveja", a marca alemã deixou no ar que os rivais palestrinos não nutrem qualquer simpatia pelo principal tom da camisa da equipe do Palestra Itália.



"Porque entre todas as cores desse mundo, verde é a única que eles não suportam. Não vestem, não usam, não aceitam. E isso, meu amigo, é fácil de explicar. De uns tempos pra cá, a gente mudou o significado dessa cor. Verde não é mais a cor da esperança. Não. Verde agora é a cor da inveja", diz o rapper Rincon Sapiência, estrela da campanha.



A propaganda causou enorme rebuliço nas redes sociais, com milhares de manifestações contra e a favor do mote adotado pela Puma - e tanto de torcedores rivais quanto de palmeirenses.



Mas o fato é que o Corinthians, considerado o maior rival do Verdão, de fato possui problemas com a cor. Tanto é que o clube do Parque São Jorge já se recusou a usar qualquer detalhe esverdeado em seu uniforme.



Ao longo dos últimos anos, foram muitos casos do tipo.



LIMÃO AMARELO



Entre 2000 e 2004, o Timão teve a Pepsi como sua patrocinadora master. Em 2003, a marca de refrigerantes quis fazer propaganda de seu novo lançamento, a Pepsi Twist, que tinha limão na mistura, e quase se meteu em enrascada.



Ocorre que o emblema do produto era um limão verde. A palavra "Twist", que acompanhava o logo da Pepsi, também vinha na cor do rival Palmeiras.



Para evitar qualquer problema com a torcida alvinegra, a empresa norte-americana foi esperta: trocou o verde pelo amarelo (o resultado pode ser visto na foto abaixo, de outubro de 2003), e encerrou a "polêmica".







AS CHUTEIRAS DO IMPERADOR



Em 2011, quando contratou o atacante Adriano, o Corinthians logo se viu em uma saia-justa. Afinal, as chuteiras da Nike, patrocinadora pessoal do centroavante, eram verde-limão.



Temendo reação negativa dos fãs, a diretoria pediu ao Imperador que evitasse usar esse tipo de calçado. O atleta atendeu o desejo e fez sua estreia com chuteiras brancas, com detalhes em rosa.



Na sequência do ano, Adriano ainda trocou novamente de calçados, mas seguiu evitando o verde: acabou usando roxo.







A história se repetiu em 2016, quando o Timão contratou o atacante Gustavo.



Logo em seu primeiro treino, "Gustagol" calçou chuteiras verde-limão, o que fez o atleta virar motivo de brincadeira entre os próprios colegas de equipe e também entre os jornalistas.



O então diretor de futebol do clube, Eduardo Ferreira, se prontificou em colocar "panos quente", e disse que os calçados eram da cor "amarelo fluorescente".



Assim como Adriano fez, porém, Gustavo evitou usar as peças novamente.



COLETE VERDE? TÔ FORA!



Quando disputou o Mundial de Clubes, em 2012, a delegação corintiana se viu em situação complicada: os coletes dados pela Fifa, organizadora do torneio, para os atletas reservas utilizarem eram verdes.



Imediatamente, o gerente de futebol Edu Gaspar entrou em contato com a entidade e solicitou a troca, explicando que aquilo seria muito mal visto pelos torcedores alvinegros, que "invadiram" o Japão.



A Fifa acabou atendendo a solicitação. Com isso, os titulares entraram de coletes roxos para o aquecimento, enquanto os reservas utilizaram coletes bege no banco de suplentes.







Curiosamente, o Timão teve que "engolir um sapo" no mesmo Mundial, usando um emblema verde na manga do uniforme, que era parte de uma campanha de solidariedade da Fifa. No fim das contas, acabou sendo campeão com a cor do rival na camisa.







SEM VERDE DA CHAPECOENSE



O terrível acidente aéreo com o avião da Chapecoense, em 2016, fez com que vários clubes homenageassem a equipe catarinense na última rodada do Brasileirão daquele ano, usando o escudo verde do time de Chapecó em seus uniformes.



No entanto, o Timão acabou se recusando a colocar o emblema na camisa.



"Não vamos ferir as tradições do clube. Queremos ser solidários e homenagear a Chapecoense, mas sem criar uma celeuma interna", justificou à época o então diretor de marketing alvinegro, Gustavo Herbetta, em entrevista ao Lance!



"Recebemos diversas mensagens sobre isso, favoráveis e contrárias, mas não nos ativemos a isso. O mais importante é que pretendemos fazer ações que gerem benefício direto a eles e da forma como o a diretoria do clube catarinense achar melhor", completou.



Vale lembrar que o estatuto corintiano não proíbe a utilização de qualquer cor na camisa. No entanto, existe restrição quanto à utilização do escudo de uma outra equipe no uniforme.







































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