No dia 15 de dezembro de 2019, Vanderlei Luxemburgo foi anunciado como técnico do Palmeiras. Pule nove meses para frente e chegamos a esta terça-feira, 15 de setembro de 2020. O tempo de uma gestação. Foi o suficiente para o treinador fazer nascer o time que ele queria?
Os números são o maior aliado para dizer que sim. Em 27 jogos, foram 14 vitórias, 11 empates e apenas duas derrotas. No meio do caminho, a conquista do Campeonato Paulista sobre o Corinthians, o maior rival.
Já o desempenho é usado por parte da torcida para dizer que não. Mesmo com o bom aproveitamento, o futebol jogado pelo Palmeiras nesses nove meses não tem agradado aos torcedores, que fazem críticas a Luxemburgo. Na visão do técnico, muitas são exageradas.
Realmente até hoje não há uma equipe titular definida, algo que era um projeto do treinador. Mas isso se deve muito ao fato de o futebol ter sido paralisado pela pandemia do coronavírus. O longo período sem jogos e treinos e o calendário apertado fazem Luxa ter que mudar a equipe com frequência.
Por outro lado, muitos atletas não conseguiram se firmar na equipe titular e são substituídos com frequência. Contando alguns que já saíram, 29 jogadores foram utilizados pelo treinador em jogos oficiais nesta temporada. Willian foi quem mais jogou, seguido por Weverton e Zé Rafael.
Mas e aí, nove meses depois, Luxemburgo conseguiu fazer nascer o Palmeiras ideal?
Veja a opinião do comentarista Alexandre Lozetti:
"Defensivamente, o Palmeiras de Luxemburgo sempre foi seguro. A dificuldade era encontrar um casamento entre as características individuais e um sistema adequado do meio-campo para frente. Isso parece ter acontecido com a consolidação de Patrick de Paula como primeiro volante, Gabriel Menino e Zé Rafael à frente dele num triângulo que ganha o reforço de Lucas Lima, em movimentação da direita para o centro".
"Na frente, um atacante de velocidade (Gabriel Veron, o mais talentoso, Wesley ou Rony) e um centroavante (Luiz Adriano ou o versátil Willian). A estrutura está pronta e, a partir dela, Luxa pode, e deve, usar suas peças. Não haverá uma escalação fixa neste ano de calendário tão apertado, mas sim um jeito de jogar, de atacar e defender, que terá de ser respeitado, independentemente de quem esteja em campo".
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