O artilheiro do time é nossa âncora

16/10/2015 17:54

O artilheiro do time é nossa âncora

O artilheiro do time é nossa âncora

Contra o Flu, Robinho precisa estar recuperado e ser obediente taticamente; e que Egídio e Amaral joguem as partidas de suas vidas



Depois da derrota para a Ponte Preta, quando esperava-se que o time reagisse à goleada sofrida em Santa Catarina, o famoso bipolarismo da torcida foi à estratosfera, obviamente explorando o pólo negativo. Os maus resultados, jogando um péssimo futebol, já fizeram muita gente entregar os pontos e começar a caça às bruxas. Zilhões de listinhas de dispensa pipocaram nas redes sociais, cada um com a sua. Bruxas começaram a ser caçadas. Conspirações foram erguidas.



Pausa para um rápido desabafo: como isso é chato!



Essa chatice, no entanto, é proporcional ao grau da decepção. Como tentar explicar, sem recorrer a teorias conspiratórias mirabolantes, o que acontece com um time que teve dez dias para se reorganizar, e tomou um pau da Ponte Preta no Allianz Parque cheio? Precisei estudar por algum tempo as últimas partidas do Palmeiras para tentar encontrar padrões que explicassem tanto as partidas boas quanto as ruins. E surgiu esta tese, que gostaria de compartilhar com vocês.



Voltando no tempo, podemos nos lembrar de cinco jogos muito bons do Palmeiras, já depois da saída de Leandro Pereira: a partida contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela Copa do Brasil; o Derby no Allianz Parque; os jogos contra Fluminense e Grêmio, pelo Brasileiro; e a partida de ida contra o Inter, no Beira-Rio.





Quem estava em campo em nossos melhores jogos nas últimas semanas



O que esses jogos tiveram em comum? Apenas Fernando Prass, Gabriel Jesus e Robinho jogaram todas elas. Dudu só não jogou todas porque estava suspenso. E em quatro delas Barrios foi o centroavante (em três como titular, mais o jogo contra o Fluminense em que entrou no segundo tempo e acabou com o jogo).

Na volância, o único padrão foi a presença de Arouca. Tanto tendo Thiago Santos quanto Amaral como parceiro, com o camisa 5 em campo a volância garantiu a segurança para que o ataque funcionasse.



Algo notável nessas partidas: em apenas uma delas Rafael Marques foi titular, no Pacaembu, contra o Grêmio, quando foi decisivo marcando o terceiro gol. O camisa 19, apesar desta importante participação, caiu demais de rendimento: desde a partida contra o Avaí no Allianz Parque, no dia 8 de julho, marcou apenas quatro gols em 23 jogos. Os melhores jogos do Verdão foram com ele no banco. Com Rafael Marques entre os titulares, o Palmeiras tem jogado com um a menos; pode parecer paradoxal, mas o artilheiro do time na temporada vem sendo nossa âncora.



Mas como explicar que o queridão da torcida no primeiro semestre, autor de gols importantíssimos em clássicos, dono de uma personalidade impressionante para suportar a pressão e a desconfiança iniciais em torno de sua contratação, tenha desaprendido?



Parece que tudo se relaciona à troca de treinadores. Oswaldo sabia exatamente como extrair o máximo do potencial de Rafael Marques; Marcelo Oliveira ainda não captou essa mensagem. Com Oswaldo, Rafa jogava com muito mais liberdade para encostar nos homens de meio, sobretudo quando esse homem era Robinho. Com Dudu aberto, tanto pela esquerda quanto pela direita, quando se alternavam, ele funcionava muito bem como contraponto ao camisa 7 e fechava no segundo pau, aproveitando sua altura e ganhando fácil as disputas com os laterais adversários. Marcou vários gols de cabeça desta forma.



Hoje Rafael Marques se limita a correr em cima da linha lateral e tentar cruzamentos, desperdiçando sua ótima leitura tática e sua estatura. E até por conta disso, o time acaba ficando muito espalhado e não consegue valorizar a posse de bola. Talvez isso explique até as loucuras do Lucas, que resolveu correr por todo o campo, menos ao lado da linha lateral direita.



Enquanto Marcelo Oliveira não enxergar a melhor forma de utilizar nosso camisa 19, o time que deve alinhar na Copa do Brasil contra o Fluminense (já que, ao que parece, Marcelo vai poupar os principais jogadores no Brasileirão) precisa se preocupar com a substituição de Arouca, que não deverá reunir condições de jogo. No Mineirão, Robinho jogou ao lado de Amaral; Zé Roberto fez o lado esquerdo, Dudu fez o miolo e Gabriel Jesus fez a direita, enquanto Egídio fez uma partida razoável e se garantiu na lateral esquerda.



Desde que Egídio e Amaral façam o que precisa ser feito, sem inventar, e que Robinho faça a partida de maior obediência tática de sua vida, talvez esta seja a saída para a partida no Maracanã, já que Thiago Santos está impedido de participar. E que o Rafael Marques, que não tem culpa do treinador não conseguir aproveitá-lo da melhor forma possível, fique no banco.







3645 visitas - Fonte: ESPNFC

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