Na derrota para o Tigres na semifinal do Mundial de Clubes, o Palmeiras exibiu os defeitos que tinha conseguido esconder ao longo de uma temporada vitoriosa. Para além das circunstâncias sobre as quais o clube não tem controle – a maratona insana de jogos, o fuso horário, as restrições impostas pela pandemia –, o time poderia ter feito bem mais em Doha.
Faltou coragem ao Palmeiras, faltou ambição. Sim, o Tigres é um rival decente e Gignac é um craque. Mas durante a maior parte do duelo a diferença entre os dois times pareceu ser muito maior do que de fato é. O Palmeiras só tentou jogar depois que levou o gol. Houve momentos em que o Verdão deixou a impressão de estar enfrentando o Bayern de Munique.
A exibição do Palmeiras foi semelhante à da final da Libertadores, com a diferença que o Santos, rival do Maracanã, também abriu mão de jogar na maior parte da partida. Talvez seja motivo de preocupação que certo nível de futebol seja suficiente para ganhar a Libertadores, mas não dê conta de uma semifinal de Mundial. Mas essa é outra conversa.
Nos dois casos ficaram evidentes as consequências do peso exagerado que esses encontros passaram a ter – para torcida, imprensa, o entorno dos clubes, a indústria do futebol toda. Perder uma decisão para um rival ou cair ante um time não-europeu na semifinal do mundial se transformou em sinônimo de vexame, de fiasco. Uma bobagem que envenena o ambiente e faz mal ao futebol, porque estimula seus protagonistas a escolherem o caminho da cautela; não raras vezes, leva ao medo.
A derrota no Mundial não mancha o extraordinário ano do Palmeiras. A final em Doha será a primeira da qual o Palmeiras não vai participar na temporada: campeão paulista, campeão da Libertadores, finalista da Copa do Brasil. Se o calendário do futebol brasileiro tivesse alguma racionalidade, o time poderia disputar o Brasileiro até as rodadas finais.
Com Abel Ferreira na beira do campo e Anderson Barros à frente do departamento de futebol, o clube parece ter encontrado um rumo. Não é uma coincidência que a melhor exibição do time no ano – quando constrangeu o River Plate na Argentina – tenha sido com um meio de campo com média de 20 anos de idade. O caminho foi mostrado ali.
O Palmeiras conseguiu um fato raro na história do futebol brasileiro: passou a usar a base por convicção, não apenas porque secou o dinheiro para contratações. Com o dinheiro das premiações e gente com boas ideias tomando decisões no futebol, o futuro do Palmeiras tem tudo para ser interessante.
Palmeiras, Mundial, Ambição
3030 visitas - Fonte: Globo Esporte
Desde o começo da temporada era unânime que nao tinhamos um meia armador, um jogador estilo Valdivia sabe segurar a bola e ssbe sair jogando. Nao podemos viver de lançamentos.
O grémio foi la mesmo com o time menor q o do Palmeiras e jogou com o Real Madrid e Flamengo jogou de engual pra igual com o liverpool
Talvez neste Mundial o ideal teria sido já ter colocado o bigode logo de cara que é experiente e transmite as melhores energias para o grupo. Ele faz diferença em campo, dá pra ver que o time fica mais tranquilo para enfiar uma bola pra ele sei la
Sábado o Lancenet publicou uma notícia que nenhum dos outros sites esportivos publicaram, pq será? https://www.lance.com.br/fora-de-campo/fifa-apresenta-palmeiras-site-o ficial-como-campeao-mundial-1951-super-herois-verdes.html
Esse time ai não engana ninguém
Faltou foi tranquilidade,percebi isso quando jogadores estavam perfilados no meio campo,vc percebe pelo semblante, admito em jogadores novos,mas alguns são cobra criadas. É só pegar um psicólogo e analisar os jogadores qdo a câmera focaliza.Esta situação já foi pior,e com a chegada do Abel deu uma melhorada,mas precisar ser mais cuidado
Comentário perfeito