Embora tenham a mesma nacionalidade e vivam do futebol, Paulo Gomes, técnico do Botafogo-SP , e Abel Ferreira, treinador do Palmeiras , só foram se encontrar pessoalmente pela primeira vez em março deste ano, quando as duas equipes se enfrentaram na última rodada do Paulistão, com vitória Alviverde por 1 a 0 em Barueri (SP). Após o confronto, o trabalho de organização do Botafogo foi elogiado por Abel Ferreira na coletiva de imprensa. Os dois chegaram a conversar na ocasião e o registro foi feito por Gomes nas redes sociais, dizendo que estava grato pelas palavras elogiosas a ele e ao time, destacando que o treinador palmeirense é inspiração para o trabalho dele. Nesta quinta-feira, Gomes e Abel voltam a ficar frente a frente, desta vez pela Copa do Brasil . O primeiro jogo da terceira fase é às 21h30, no Allianz Parque. A volta está marcada para o dia 23, às 19h, em Ribeirão Preto (SP).
Paulo Gomes chegou ao Botafogo em novembro de 2023. Esta é a primeira temporada dele no Brasil, mas não o primeiro contato com o futebol brasileiro, já que participou de cursos para técnicos da CBF. Em uma das ocasiões, teve aula com Abel Ferreira, mas não de forma particular. Gomes trabalhava na Arábia Saudita e, mesmo na madrugada, fez questão de acompanhar os ensinamentos do compatriota. -Foi uma chamada de vídeo em uma aula que ele deu para a CBF, para todos os técnicos. E eu, neste dia, tinha acabado de vencer uma partida na Arábia Saudita e estávamos na liderança da liga. Eu lembro que foi no Ramadã. Era umas 3h da manhã e eu cheguei ao hotel. Era 21h por aqui [no Brasil]. Era uma aula online e eu fui lá assistir, não poderia faltar. Foi interessante.
Assim como Abel Ferreira, Paulo Gomes também é enérgico à beira do gramado com os seus jogadores e até mesmo com a arbitragem. Segundo ele, que também foi jogador, mas teve a carreira interrompida por lesões, é do perfil dele ser mais vibrante. - Não pode ser tranquilo e sanguíneo ao mesmo tempo. Se o técnico não fala à beira do campo, reclamam que não diz nada. Se é um cara vibrante, que está em cima do time, reclamam que está falando sempre e que leva amarelo todo jogo. Tenho três amarelos até agora, não é excessivo. Quem esteve dentro de campo conhece bem os árbitros e a forma que dirigem as partidas, sabe mais ou menos o que vai acontecer (...) Somos parecidos nesse sentido de o emocional estar sempre com o time e a gente quer ver nosso trabalho em campo. Se perceber que está sendo prejudicado, falo por mim, é no sentido de prejudicarem nosso time, nossa equipe - analisou.