Na briga entre marcas, Gabriel Jesus tem projeto e metas para faturar mais na seleção

Gabriel Jesus em primeiro treino com bola na Granja Comary, na última terça-feira



Mais de 20 gols na temporada, Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão em seu encalço e uma multa estipulada em R$ 160 milhões. Deveria ser suficiente para fazer de Gabriel Jesus um desses nomes que não conseguem dar um passo sem ser incomodado, confere? Não é exatamente assim.



Na última segunda-feira, o atacante do Palmeiras embarcou no aeroporto de Guarulhos-SP e desembarcou no Galeão-RJ para se apresentar à seleção olímpica e não teve qualquer dificuldade para andar.



Pelo contrário, na verdade.



Chegou a enfrentar, inclusive, seus momentos de solidão enquanto aguardava pelo funcionário da CBF encarregado por levá-lo ao lado de Rodrigo Dourado e Willian, ambos do Inter, para a Granja Comary, em Teresópolis-RJ. Se depender da Adidas, sua patrocinadora pessoal, não deverá seguir dessa maneira.



A fabricante alemã aposta em Gabriel Jesus como um dos principais nomes da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos e, conforme apurou o ESPN.com.br, incluiu recentemente metas e bônus financeiros em seu contrato.



A lógica não é difícil de entender: a joia de 19 anos do Palmeiras tem tudo para dividir o protagonismo com Neymar, da concorrente Nike, na linha de frente do time comandado por Rogério Micale. A briga sadia por gols será também fator determinante na exposição das chuteiras com que cada um deles corre em campo.



A revelação alviverde foi, inclusive, o escolhido para o lançamento da bola que será utilizada na Olimpíada, em evento no fim do ano passado.



Em sua página pessoal no Intagram, são recorrentes as fotos com o material da fabricante.



Não poderá ser assim durante a competição, no entanto: a regra 40 da Carta Olímpica proíbe que atletas façam campanhas publicitárias.



É permitido o uso de imagens do atleta na página corporativa de seu patrocinador, mas evitando qualquer associação ao seu desempenho olímpico.



"Exceto com a permissão do Comitê Olímpico Internacional, nenhum competidor, treinador, árbitro ou qualquer pessoa que integre oficialmente a delegação do país pode permitir que sua imagem, seu nome ou desempenho seja utilizado para fins de propaganda durante os Jogos Olímpicos", diz o texto.



A Adidas foi patrocinadora oficial dos Jogos em suas últimas três edições. No Rio de Janeiro, ficou de fora e terá de recorrer dessa vez ao 'marketing de emboscada' para promover as suas três listras.



Além de Gabriel Jesus, ela tem entre suas apostas para medalhas a judoca Maya Aguiar e no ginasta Arthur Zanetti.



A princípio, cotada para iniciar com três atacantes, a seleção vê a disputa entre Gabigol, da Nike, e Luan, da Adidas, pela outra vaga. O atacante santista sai na frente inicialmente.