Borja e Marinho têm muito em comum em 2016; veja o que

Borja e Marinho são os grandes nomes do mercado de transferências desse final de ano



Marinho, do Vitória e Borja, do Atlético Nacional, talvez sejam os dois nomes mais desejados por torcedores e clubes brasileiros para a temporada de 2017. Após um ótimo ano por suas respectivas equipes, saltaram aos olhos de todos no Brasil. Mas o que poucos sabem é que os dois jogadores têm uma trajetória recente muito comum.



No começo de 2016, tanto Marinho como Borja estavam em baixa. Após terem uma chance em uma grande equipe, não foram bem, voltaram um degrau abaixo para depois se destacarem. Além disso, suas atuais equipes, Vitória e Atlético Nacional, desembolsaram muito pouco para contarem com eles.



Vamos começar com Miguel Borja. Surgiu muito jovem no Deportivo Cali e rodou por algumas equipes. Chegou a jogar pelo Livorno, na Itália, e pelo Olimpo, da Argentina. Voltou para a Colômbia para atuar pelo Sant Fé , mais uma equipe grande do país, em 2015.



Mas, sob o comando do polêmico técnico Gerardo Pelusso, que tinha a fama de se relacionar mal com seus atletas, Borja teve problemas. Ele gostava de sair da área para buscar o jogo e seu comandante queria que ele atuasse mais fixo como um centroavante. Foram poucas oportunidades, e o técnico recomendou que o clube não permanecesse com ele.



Então, no começo de 2016, veio o empréstimo para o Cortuluá, clube pequeno do país. Foi aí que ele despontou e pôde mostrar todo seu potencial. Em 25 jogos anotou 22 gols, batendo o recorde de tentos - ele fez 19 - em um campeonato curto no país. A marca pertencia Jackson Martínez.



Na hora de ir para o Atlético Nacional, o clube soube como negociar o grande potencial que estava contratando, que inclusive chegou a ser oferecido para Palmeiras e Vasco da Gama, que desistiram por considerarem o valor alto demais. O atual campeão da Libertadores foi lá e pagou R$6,6 milhões de reais por 70% dos direitos do atleta.



No clube de Medellín, encontrou o cenário perfeito para brilhar. Foram 24 jogos, 14 gols e o protagonismo na conquista da segunda Libertadores na história do clube colombiano. Foi dele o gol que garantiu o título e a vitória por 1 a 0 contra os equatorianos do Independiente del Valle.



Com Marinho não foi diferente. O jogador despertou para o cenário nacional ainda em 2015, quando atuava pelo Ceará. À época, a entrevista que deu na beira do campo chamou mais atenção do que o bom futebol que estava apresentando. Mas o Cruzeiro, atento, se interessou e o levou para Minas Gerais.



No mesmo ano, chegou ao clube celeste rodeado de expectativas. Mas, ao contrário do que todos esperavam, não conseguiu mostrar seu futebol. Até empolgou na estreia contra o Atlético Paranaense, quando marcou o segundo gol da equipe na vitória por 2 a 0.



Mas foi só. Vanderlei Luxemburgo saiu da equipe e, com Mano Menezes no comando, Marinho não teve tanto espaço. Nas 11 partidas seguintes pela equipe mineira, não conseguiu balançar as redes. O ano tinha acabado, e Marinho teria que esperar a próxima temporada para mostrar seu valor.



Veio 2016 e surgiu a oportunidade de ir ao Vitória por empréstimo. O negócio foi feito, e Marinho desembarcou em Salvador para sua melhor temporada na carreira. O clube baiano não desembolsou nada pelo atleta até o meio da temporada, quando estava em alta. Já em junho, pagou cerca de R$ 500 mil e adquiriu 50% de seus direitos, já prevendo uma futura venda.



O Cruzeiro, que ainda permanece com 30% dos direitos sobre o atleta, havia desembolsado por volta de um milhão e meio de reais para tirá-lo do Ceará no ano passado.



E a passagem pelo Vitória foi um sucesso. Em 43 jogos com a camisa do rubro-negro baiano, Marinho anotou 21 gols e foi peça importantíssima para livrar a equipe do rebaixamento na reta final do Campeonato Brasileiro, sempre com gols decisivos - como o que fez contra o Coritiba na vitória fora de casa por 1 a 0.



Agora, após "estourarem" em 2016, Borja e Marinho são os queridinhos do mercado de negociações. Enquanto o brasileiro tem seu nome especulado por Flamengo, que inclusive apresentou proposta, Santos, Grêmio e Botafogo, o colombiano tem seu nome cada vez mais forte no Palmeiras.



Um 2016 para ficar guardado para os dois atacantes, e um 2017 quem sabe melhor ainda - tudo indica quem em novos clubes.