Análise: Palmeiras se mostra maduro e copeiro em estreia na Libertadores

Mesmo jogando a maior parte do tempo com um a menos e levando um gol, Verdão consegue controlar o adversário e volta da Argentina com um ponto importante

Keno foi o melhor palmeirense em campo (Foto: Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação)



O Palmeiras se mostrou maduro, tranquilo e copeiro na estreia da Taça Libertadores, contra o Atlético Tucumán, na última quarta-feira, na Argentina. Não que o time argentino seja um adversário duro. Pelo contrário. É limitado, com sérias deficiências técnicas. As circunstâncias da partida, mais do que a qualificação do adversário, é que valorizam o empate por 1 a 1. O Verdão teve Vitor Hugo expulso com apenas 21 minutos e levou um gol logo em seguida. Conseguiu o empate ainda no primeiro tempo, teve chances para marcar mais e não sofreu grande pressão do adversário. Uma prova de fogo vencida com louvor.



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O Verdão tinha o jogo sob controle. O Atlético Tucumán não conseguiu abafar, como costuma fazer em casa, pois o time de Eduardo Baptista tinha a bola e conseguia boas investidas pelo lado esquerdo, com Keno levando vantagem sobre Di Placido. Por ali, o atacante criou ótima chance, cruzando para Borja chutar de primeira – o goleiro defendeu.







Logo após esse lance, Vitor Hugo, que havia cometido três das quatro faltas do Palmeiras na partida até então, foi expulso, aos 21 minutos. O primeiro cartão amarelo foi justo. O segundo, discutível, mas o zagueiro acabou punido pela repetição. Entrou pilhado e pagou caro.

O Palmeiras teve equilíbrio, colocou a bola no chão e impôs sua qualidade. O Atlético Tucumán tem correria, disposição, mas bola, que é bom e importa, o Verdão tem mais





Um jogo que era até certo ponto tranquilo para os palmeirenses, tomou ares dramáticos. Drama que se intensificou três minutos depois, quando Zampedri abriu o placar. Com um zagueiro frio (Antonio Carlos entrou no lugar de Michel Bastos para recompor a zaga) a retaguarda palmeirense estava desarrumada. Zampedri ganhou de Dracena e colocou um ponto de interrogação da cabeça dos palmeirenses: “E agora?”



Uma dúvida pertinente, claro: time estreando na Libertadores, fora de casa, estádio lotado, perde um jogador expulso e leva um gol logo em seguida. Não seria difícil entrar em parafuso.



Mas não. O Palmeiras teve equilíbrio, colocou a bola no chão e impôs sua qualidade. Porque, com todo o respeito, o Atlético Tucumán é um time, no máximo, esforçado. Tem correria, disposição, os jogadores se jogam à frente dos adversários para cortar passes, mas bola, que é bom e importa, o Verdão tem muito mais.



Mesmo com um a menos o time paulista segurou uma sequência de escanteios do time argentino e, aos 39, empatou a partida, com Keno, melhor do jogo.



No segundo tempo, o Palmeiras não se arriscou. Nem precisava. Manteve suas linhas bem próximas, protegendo a área, formando um bloqueio que obrigava o Tucumán a levantar bolas – jogadas que praticamente não surtiram efeito, a não ser por uma cabeçada perigosa de Rodríguez, já aos 48.



Keno, cansado, deu lugar a Róger Guedes, que foi mais um jogador a ajudar na recomposição. Dudu, mais solto, era o único mais adiantado do Verdão. Ele teve uma boa oportunidade pelo alto, mas não alcançou a bola, aos 34.



O Palmeiras volta para São Paulo com um ponto importante e mostra que entra na competição para ser protagonista.