Como Palmeiras transformou 'caldeirão político' em paz rara enquanto rivais fervem

27/10/2016 08:17

Como Palmeiras transformou 'caldeirão político' em paz rara enquanto rivais fervem

Como Palmeiras transformou 'caldeirão político' em paz rara enquanto rivais fervem

Maurício Galiotte (centro), candidato único à presidência, conversa com Cuca e Mattos



Acostumado a ser um "caldeirão político", com muitas confusões e desavenças entre dirigentes (especialmente na década passada) da situação e da oposição, o Palmeiras vive atualmente um raro período de paz entre cartolas dos dois lados.



Na próxima eleição presidencial do clube, marcada para 26 de novembro, por exemplo, ocorrerá algo raríssimo na história alviverde: um pleito com apenas uma chapa.



Maurício Galiotte, atualmente vice de Paulo Nobre, será o candidato único, acompanhado de seus vices Genaro Marino Neto, Antonino Jesse Ribeiro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli. A oposição, por sua vez, não apresentou nenhum nome.



Apesar de ser aliado de Nobre, a escolha de Galiotte teve "rejeição zero" e agradou até mesmo aos oposicionistas, já que o empresário de 47 anos tem perfil conciliador, o que agrada a todos no Palestra Itália - até mesmo opositores ferrenhos, como o ex-cartola Wlademir Pescarmona.



Mais importante do que isso: Maurício também foi aprovado por Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras e uma das mais podersas vozes da equipe palestrina. Ter a "benção" de Mustafá, aliás, é considerado essencial para quem quiser fazer uma gestão tranquila no Palestra Itália.



O futuro mandatário alviverde também é bem relacionado tanto com a WTorre, administradora do Allianz Parque, e com os patrocinadores palmeirenses, a Crefisa e a FAM, que são comandados pelo casal José Roberto Lamacchia e Leila Mejdalani Pereira. Todos já viveram (muitos) períodos difíceis com a gestão de hoje, mas veem Galiotte como um melhor negociador e mais suave no trato do que Nobre.



Portanto, o atual vice deve ser eleito sem problemas, já que precisa apenas ultrapassar 50% dos votos dos sócios palmeirenses, o que deve ocorrer daqui a um mês. Com isso, assumirá o trono ocupado no momento por Paulo Nobre no dia 15 de novembro para o biênio 2017/2018.



Com isso, o Palmeiras deve ter sua primeira eleição tranquila em muitos anos, já que os últimos pleitos foram todos apertados e decididos voto a voto - e com bastante confusão.



Em novembro de 2014, por exemplo, Paulo Nobre foi reeleito presidente batendo Wlademir Pescarmona (que contava com apoio de nomes como Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente alviverde, e Aldo Rebelo, ex-ministro do Esporte) por 2.421 votos a 1.611 - foi a primeira vez que os sócios do clube tiveram direito a voto na história.



Descontentes com resultados, apoiadores do candidato da oposição tentaram invadir o local da apuração, na sede social do clube, mas foram contidos pela Polícia Militar.



Antes da reeleição, Paulo Nobre também teve que suar para conseguir ser escolhido mandatário do Palmeiras pela primeira vez. Em janeiro de 2013, ele bateu seu adversário, o economista Décio Perin, por apenas 153 votos a 106.



Os pleitos anteriores também foram apertados. Em janeiro de 2011, Arnaldo Tirone teve 158 votos dos conselheiros contra 96 de Paulo Nobre e 21 de Salvador Hugo Palaia; em janeiro de 2009, Luiz Gonzaga Belluzzo bateu Roberto Frizzo por 145 a 123; por fim, em janeiro de 2007, Afonso Della Monica superou Roberto Frizzo por 157 a 125.



A última vez que uma eleição palmeirense foi "barbada" ocorreu em 2004, quando Afonso Della Monica foi eleito presidente pela primeira vez, "goleando" o rival Seraphim Del Grande por 201 a 40 - diferença gritante de 161 votos.



Della Monica, aliás, era o indicado de Mustafá Contursi, que deixava o comando do Palmeiras após 12 anos de presidência, e foi eleito sem qualquer dificuldade. Prova da influência "atemporal" do "todo-poderoso" cartola nas eleições alviverdes.



Contraste com os rivais



A paz palmeirense contrasta bastante com o momento político vivido por seus dois rivais da capital, o Corinthians e o São Paulo, que passam por momento bem diferente.



No Morumbi, por exemplo, o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que havia sido eleito em abril de 2014, teve que renunciar ao cargo pouco mais de um ano depois, acuado por denúncias de corrupção. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi empossado definitivamente em agosto do ano passado, mas está longe de experimentar paz.



Antes disso, porém, Aidar chegou até mesmo a trocar socos com seu vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, durante uma reunião em um hotel na capital paulista. Ataíde acabaria exonerado do cargo, o que também faria o vice-presidente geral Júlio Casares também pedir para sair.



Atualmente, não há qualquer sintonia entre os dirigentes tricolores, com trocas de acusações de todas as partidas, conflitos no Conselho de Ética do clube e um clube cada vez mais dividido entre os que apoiam Leco e os principais nomes da oposição, como Roberto Natel e José Roberto Ópice Blum.



Leco, que bateu Newton Luiz Ferreira na eleição de agosto de 2015 para substituir Aidar, ficará no cargo até abril de 2017, quando será realizado um novo pleito, que promete ferver o São Paulo.



No Corinthians, também há racha na política, depois do rompimento entre o atual presidente, Roberto de Andrade, e o antigo mandatário, Andrés Sanchez, que atualmente é deputado federal, mas segue tendo palavra forte em todos os assuntos.



Andrade e Sanchez eram antigos aliados, já que foi o ex-comandante quem deu a "benção" para que o atual fosse eleito ao vencer Antônio Roque Citadini no pleito de fevereiro de 2015. No entanto, Roberto quis impor sua linha no clube, sem seguir 100% das intenções de Andrés, o que acabou gerando o atual conflito.



Tudo rachou de vez depois que Roberto de Andrade escolheu Oswaldo de Oliveira como novo técnico corintiano, indo totalmente na contramão de Andrés Sanchez, que queria a permanência do auxiliar Fábio Carille até o fim do ano e posteriormente a contratação de Eduardo Baptista, que atualmente comanda a Ponte Preta.



Foi a "gota d'água" para Andrade, que não deve mais ter paz até o fim de sua gestão. Logo após o anúncio da contratação de Oswaldo, por exemplo, o diretor de futebol Eduardo Ferreira entregou o cargo. E a paz dificilmente irá reinar no restante da "era Roberto", que vai até 2018, quando será realizada nova eleição entre os alvinegros.



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3705 visitas - Fonte: ESPN

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