18/11/2016 07:32

Análise do jogo Palmeiras x Atlético-MG

Líder do Campeonato Brasileiro soube sair do aperto exercido pelo Atlético-MG, em especial no começo do jogo, e deixou Belo Horizonte com um ponto fundamental

Pela pressão da torcida e do time do Atlético-MG no começo da partida no Independência, na quinta-feira, a impressão inicial era de que o Palmeiras corria risco de ser facilmente derrotado. Besteira. Mesmo tendo apenas 32% da posse de bola em determinado momento do primeiro tempo, o líder do Campeonato Brasileiro, mais maduro do que nunca, soube suportar as investidas e garantir ao menos um empate por 1 a 1.



Não deveria fazer parte do script ceder tanto campo, mas a comissão técnica palmeirense certamente não imaginava cenário diferente diante de um adversário muito forte tecnicamente. O problema é que estratégia de individualizar a marcação de Egídio muitas vezes deixou o lado esquerdo completamente descoberto, dada a dificuldade do meia-atacante Dudu de acompanhar as subidas do lateral adversário.

Assim, apesar da grande entrega física, a equipe treinada por Cuca esteve bem próxima de sair em desvantagem – os donos da casa acertaram uma bola na trave e tiveram um gol anulado. Mas aconteceu o contrário: num contra-ataque bem encaixado aos 25 minutos, Gabriel Jesus recebeu bom passe de Dudu e contou com desvio no zagueiro para enganar o goleiro e abrir o placar na terceira finalização do time.



O gol trouxe a tranquilidade que faltava. Até então, quando saía ileso de uma chegada atleticana, o Palmeiras se desfazia rapidamente da bola. Sem o colombiano Yerry Mina, zagueiro que dá mais qualidade à saída de jogo, a defesa formada por Edu Dracena e Vitor Hugo não pensava duas vezes em afastar o perigo despachando a bola para frente. Ao todo, os palmeirenses tocaram na bola apenas 127 vezes (contra 344 do Atlético).



Nem todos tinham calma para prender a bola no pé, mas a frieza de Moisés e Tchê Tchê foi suficiente para diminuir bastante o ritmo da partida até o intervalo. Como comentou Belletti na transmissão da partida pelo Premiere, suficiente para que a defesa pudesse respirar.



Na volta para a etapa final, um erro precoce na saída de jogo do Atlético quase resultou no segundo gol palmeirense. Tchê Tchê desperdiçou uma chance que acabaria fazendo falta, a exemplo das boas jogadas não aproveitadas no final da partida. Aos 13 minutos, em seu primeiro lance no jogo, Lucas Pratto, que havia acabado de entrar no lugar de Maicosuel, desviou um cruzamento para o meio da área e empatou.

Egídio, encarregado de acompanhar Luan ou Robinho, apareceu pelo lado direito do campo na primeira etapa





Cuca, então, entrou em ação. Sem abdicar dos contra-ataques, sacou o volante Thiago Santos e o atacante Gabriel Jesus, que já tinham cartão amarelo, para colocar Thiago Martins (um terceiro zagueiro) e contar também com a experiência de Alecsandro para cadenciar a partida. Pouco depois, exausto em função da interminável pressão, Dudu também pediu para sair e deu lugar ao igualmente velocista Erik.



Nos minutos finais, mais do que organização, valeu a disposição dos jogadores do Palmeiras em assegurar um ponto que, como disse seu treinador, vai valer ouro. Agora, o líder do campeonato poderá confirmar o título com três rodadas de antecedência. Precisará vencer o Botafogo em casa e contar com derrota do Santos (para o Cruzeiro, no Mineirão) e empate do Flamengo (diante do Coritiba, no Maracanã).

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3930 visitas - Fonte: GE

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