Cuca reestreou no Palmeiras com vitória sobre o Vasco (Foto: Marcos Ribolli)
]Após cinco meses, Cuca reestreou com o Palmeiras e em grande estilo. No último domingo, o Verdão goleou o Vasco por 4 a 0, na estreia do Brasileirão. Desde o início do ano, o clube vive uma pressão para conquistar títulos, depois de um grande investimento financeiro. No entanto, em sua apresentação, o treinador já tirou a pressão sobre os jogadores. Para o comandante, em entrevista ao "Bem, Amigos!" o que lhe dá tranquilidade para poder ter esse discurso é o respaldo que a diretoria. Ele elogiou as atitudes de Maurício Galioti e Paulo Nobre, atual e ex-presidente do Palmeiras.
No ano passado, o Paulo (Nobre) bloqueou tudo. Ele pegou briga com todo mundo e deixou o pessoal sabedor o que fazer ali dentro, não deixava interferir nada. Neste ano o Maurício (Galioti), que está entrando, tem uma filosofia diferente, mas blinda todo mundo. Se não tiver isso e deixar como era no passado, o jogador não tem condição emocional de jogar, porque qualquer bola que errar, vem uma pressão. Imagina você jogar com 40 mil pressionado?
Cuca chegou para o lugar Eduardo Baptista. O atual comandante alviverde elogiou o trabalho do seu antecessor, dizendo que usará em alguns momentos as suas estratégias e garantiu que Baptista foi vítima da autopressão que o próprio clube criou por resultados.
- O que eu pego é uma condição muito boa dentro do sistema que ele usava. E em algum momento eu terei que usar o sistema dele, porque quando joga contra, além de conhecer os jogadores adversários, conhecemos o trabalho do treinador. Eu tenho hoje jogadores que fogem a minha característica de jogo. O Borja não joga na recomposição que eu jogo. O time jogava quase em função dele e aqui é diferente. Podemos jogar posicionado pro zona, como o Eduardo jogava. Às vezes terei que jogar, respeitando a característica do time. Já pega um grande ingrediente, uma posse de bola, o momento certo para atacar. Ele foi vítima da autopressão que o Palmeiras se pôs.
Um dos mais festejados após o título brasileiro de 2016 pela torcida, Cuca comentou a forte ligação que tem nos clubes por onde trabalhou, como Goiás, Botafogo, Fluminense, Atlético-MG e Palmeiras.
- Tem muita emoção junto, às vezes deixamos a razão de lado e trabalhamos com a emoção. Quando entro nos clubes não penso em outra coisa que não seja ajudar. Quando conseguimos montar um time com sua imagem é bom e quando não conseguimos, você não fica em paz.
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