Tchê Tchê foi um dos poucos titulares de um Palmeiras desajustado em Chapecó
O mito de que o Palmeiras tem um elenco forte, preparado para ganhar os títulos de todas as competições que disputa, foi parcialmente desmontado neste sábado à noite. Pior do que a derrota por 1 a 0 para a Chapecoense foi a atuação fraquíssima do time reserva, que mal conseguiu criar chances de gol.
O gol saiu num contra-ataque em que a recuperação da defesa não existiu e os que chegaram atrasados se preocuparam mais em pedir um impedimento que não existiu do que em marcar o rebote. E na verdade apenas coroou uma sequência de chances da Chape que já tinha obrigado Prass a pelo menos duas defesas difíceis. Enquanto isso, lá na frente, um deserto de ideias com a formação Veiga-Keno-Guedes-Willian que pouco se alterou com as entradas de Hyoran, Erik e do menino Iacovelli.
Cuca se justificou, dizendo que os titulares ficaram treinando, especialmente Guerra e Borja que teriam passado o fim de semana num trabalho técnico de adaptação ao estiilo de jogo. Mas gostei mesmo de ele não se apoiar na desculpa do desentrosamento: "Esse time joga sempre junto, faz coletivos nos dias após os jogos", ou seja, admitiu o que tinha ficado escancarado com a bola rolando: um ou dois dos reservas podem até ajudar eventualmente, como já vimos acontecer especialmente no ataque, mas junto em campo o time reserva fica longe de manter o nível do titulares.
É o óbvio? É, mas não é esse o discurso da diretoria que a torcida encampou nos últimos meses, com o excesso de reforços e o inchaço do elenco. E é de se preocupar ao olhar a agenda das próximas semanas. Claro que o Palmeiras não vai ganhar todos os jogos, e minha própria previsão cravava empate para a partida de ontem, mas uma atuação ruim como essa deixa claro que escalar um onze 100% reserva (ou 80%, com Tchê Tchê e Willian, além de Prass), acende o sinal amarelo.
Fica a lição, admitida pelo próprio Cuca, e a exoectativa de que o time principal esteja preparado para atropelar sem sustos o Tucumán, garantir com folga a vaga na próxima fase da Libertadores e ainda guardar algum fôlego para vencer o São Paulo no sábado e acabar com o tabu de 15 anos sem vitórias no Morumbi. A conferir.
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