Poupar ou não? Métodos de Abel e Diniz podem fazer a diferença lá na frente

27/4/2023 09:33

Poupar ou não? Métodos de Abel e Diniz podem fazer a diferença lá na frente

Poupar ou não? Métodos de Abel e Diniz podem fazer a diferença lá na frente

Fernando Diniz, técnico do Fluminense, e Abel Ferreira, técnico do Palmeiras Imagem: Colagem de fotos de Thiago Ribeiro/AGIF e Marcello Zambrana/AGIF

O Fluminense havia vencido o Paysandu por 3 a 0 na partida de ida e visto toda a fragilidade do adversário. Tem pela frente, nos próximos dias, partidas dificílimas contra Fortaleza, fora, e River Plate, pela Libertadores. Mesmo assim, Fernando Diniz não poupou ninguém na terça-feira, no jogo de volta pela Copa do Brasil. Mandou titulares a campo e voltou a fazer 3 a 0 no Paysandu.

O Palmeiras havia vencido o Tombense, com sofrimento, por 4 a 2 na partida de ida e visto que o adversário era perigoso. Tem pela frente, nos próximos dias, partidas difíceis contra Corinthians e Barcelona, em Guayaquil. Abel Ferreira decidiu poupar o time na quarta e empatou o jogo de volta pela Copa do Brasil. Sem sobras, é verdade. Mas passou com o 1 a 1 em Uberlândia.

Passar é passar, tanto faz a diferença de gols. Isso não vale nada lá na frente.

Situações parecidas, estratégias completamente diferentes. O elenco do Fluminense não é tão fraco como muitos falam, mas há jogadores que fazem toda a diferença e que não são jovenzinhos, como Cano. O Palmeiras vem sofrendo sem Rony e Raphael Veiga, o que mostra bem como pode fazer uma diferença tremenda perder jogadores cruciais na hora aguda da temporada. Ninguém consegue controlar quem será desfalque ou não em uma semifinal ou final de campeonato.

Na minha opinião, o Palmeiras, atual campeão, o Fluminense e o Flamengo são os únicos candidatos ao título brasileiro. É uma maratona, são 38 rodadas. São os únicos times que poderiam - e deveriam - deixar a Copa do Brasil de lado. Ninguém precisa jogar para perder, mas pode, sim, correr mais risco nas fases iniciais. O Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil pelo CRB em 2021 e pelo São Paulo em 2022, em fases distantes da grande final. Acabou um ano com a Libertadores no bolso, outro com o Brasileiro. Que se dane a Copa do Brasil!

O Fluminense tem muito mais chances no Brasileiro do que na Copa do Brasil. Mas muito mais. O Flu é um time para pontos corridos, o mata-mata é um risco tremendo. Ninguém é louco de abrir mão da Libertadores, que seria um título inédito para o clube. E não é preciso abrir mão da Libertadores, que é, hoje, um torneio menos difícil de ser vencido do que a Copa do Brasil.

Querem uma prova? Flamengo e Palmeiras, juntos, ganharam as últimas quatro Libertadores e quatro dos últimos cinco Brasileiros. Copa do Brasil? Só uma final e um título para cada um nestes últimos cinco anos. Isso se explica: na Copa do Brasil há... brasileiros! Mais brasileiros que na Libertadores. E os times brasileiros são mais complicados de serem batidos, são mais fortes que equatorianos, colombianos, chilenos, paraguaios e até mesmo argentinos, exceto os dois suspeitos.

Abel já entendeu isso. Está claro que, para o Palmeiras, o que importa é Libertadores e Brasileiro. A Copa do Brasil fica em um contexto à parte e, claro, ganhará peso se o time chegar lá na frente. Para chegar lá na frente, conta com reservas e preserva titulares.

Diniz não entende assim. Há quem diga que o Fluminense "nem se desgasta" ao ganhar do Paysandu com tanta tranquilidade. É claro que se desgasta. É viagem, é jogo, é treino a menos, são quilômetros percorridos. Talvez não faça diferença nesta semana, para pegar o Fortaleza ou o River. Mas talvez faça diferença lá em julho, lá em setembro, lá em novembro. É preciso dosar! O calendário brasileiro é insano e todos já sabem disso.

Já seria um plano bastante ambicioso tentar ganhar o Brasileiro e triunfar no mata-mata da Libertadores. Para o Fluminense, no momento, a aleatoriedade e a alta competitividade da Copa do Brasil podem ser mais problema do que solução.

Calendário insano mais viagens longas mais futebol atual, de grande intensidade, são a receita do óbvio. O Fluminense não pode jogar todas as partidas com o time titular. Não tenho as informações que a comissão técnica tem e nem quero ser profeta do caos, mas veremos no que vai dar.







1452 visitas - Fonte: UOL

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Roberto Tolin     

O Diniz é inexperiente, bota todos os ovos no mesmo saco. Lá na frente veremos quem tem mais bala na agulha.

acepan acepan     

O interessante da Copa do Brasil é alem de ser um.mata mata rende uma $$$$$ muito boa para os cofres do vencedor...

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