Ídolos do Palmeiras relembram massacre sobre o Boca: "Inesquecível"

9/8/2014 08:08

Ídolos do Palmeiras relembram massacre sobre o Boca: "Inesquecível"

Roberto Carlos e Evair falam da partida, disputada em março de 1994, que marcou a história dos dois clubes na Libertadores

Ídolos do Palmeiras relembram massacre sobre o Boca:

Imagine disputar a primeira fase da Taça Libertadores da América em um grupo com Cruzeiro, Boca Juniors e Vélez Sarsfield. Essa foi a difícil tarefa do Palmeiras na competição continental disputada em 1994. Atual campeão nacional, o Verdão teve de enfrentar o ingrato sorteio da Conmebol, que colocou frente a frente argentinos e brasileiros logo nas primeiras rodadas do torneio.



Com destaques como Evair, Mazinho, Antônio Carlos, Zinho e Roberto Carlos, o time do técnico Vanderlei Luxemburgo estreou na Libertadores com vitória sobre o Cruzeiro, no Palestra Italia. Mas o momento mais marcante para os palmeirenses aconteceu na segunda rodada, no dia 9 de março de 1994, novamente em casa.



Com o estádio completamente lotado, o Verdão entrou em campo para enfrentar o tradicional e sempre respeitado Boca Juniors. Mas o que se viu dentro de campo foi um grande show palmeirense naquela que é até hoje a maior derrota do clube argentino em um campeonato internacional.



– Foi a melhor partida que eu fiz pelo Palmeiras. Lógico que a decisão do título paulista de 1993 foi chamativa, mas ali contra o Boca eu dei passe para gol, fiz e participei de outros, e ganhamos de um grande adversário. Se o torcedor pudesse, ele sairia do campo e pagaria o ingresso novamente para voltar ao estádio – recorda Evair.



– Disputar um jogo contra o Boca Juniors, em amistoso ou campeonato, é igual a um Brasil e Argentina de verdade. Lembro que no Parque Antarctica tinha aquele ambiente todo da torcida do Palmeiras. E nós estávamos com muita vontade de mostrar que éramos os melhores naquele momento. Foi o que aconteceu – conta Roberto Carlos.





Em pé: Mazinho, César Sampaio, Cléber, Cláudio, Sérgio e Antônio Carlos; agachados: Amaral, Evair, Roberto Carlos, Edilson e Zinho - o time que humilhou o Boca Juniors em 1994 (Foto: Agência Estado)



Já com o status de ser o atual campeão paulista, brasileiro e do Torneio Rio-São Paulo, e sem mais o peso da fila, o Palmeiras entrou em campo para enfrentar o Boca Juniors com Velloso; Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Amaral, Mazinho e Zinho; Edílson e Evair. E não demorou muito para o massacre começar.



Logo aos 15 minutos, o zagueiro Cléber abriu o placar. Depois, bolas na trave e gols perdidos dentro da grande área. Mas Evair e Roberto Carlos fizeram a espera até o início do segundo tempo valer a pena. Após linda jogada pela esquerda, o atacante deixou de calcanhar para o lateral, que bateu cruzado para fazer 2 a 0, logo aos seis minutos.



– Sempre falo para o meu filho que, se ele quiser ser um jogador de futebol, ele precisa entender esse lance. Eu carreguei a bola para dentro, percebi que o Roberto Carlos estava passando, meti de calcanhar e ele fez o gol.



Foi um momento marcante na minha vida. Aquele lance ficou marcado. Eu falo para o meu filho que se ele quiser ser jogador para ele procurar se espelhar em alguma coisa, não apenas para fazer o gol, mas em algo que te faça ser reconhecido da mesma maneira – detalha o atacante.





Evair e Cesar Sampaio celebram vitória do Palmeiras sobre o Boca na Libertadores de 1994 (Foto: Agência Estado)



Depois do segundo gol, o Palmeiras não deixou o Boca Juniors respirar. Edilson, aos nove minutos, Evair, aos 20 e aos 26, e Jean Carlos, aos 33 minutos, ampliaram o placar para um estrondoso 6 a 0. Sergio Martínez, de pênalti, ainda conseguiu descontar para os argentinos no fim.



Dificilmente uma noite como aquela do dia 9 de março de 1994 será tão perfeita novamente para os torcedores alviverdes. Quem foi ao estádio Palestra Italia teve a oportunidade de ver o clube escrever um importante capítulo da sua história, além de acompanhar todos os detalhes de um jogo que, para muitos dos craques que estavam em campo, foi uma das melhores exibições daquele inesquecível time.



– Lembro que do primeiro ao último minuto nós jogamos bem. Foi um jogo quase perfeito. Nós corremos um para o outro, fizemos muitos gols, o torcedor estava praticamente dentro de campo jogando com o time. Foi um dia inesquecível – diz Roberto Carlos.



– Nós ganhamos títulos importantes no Palmeiras, mas citamos esse jogo porque foi contra um adversário muito poderoso como o Boca Juniors. Nós tínhamos de ser melhores que eles e ultrapassa-los. E foi isso o que aconteceu nesse dia – completa.



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11838 visitas - Fonte: Ge

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