Respeito ao gramado e ao "Cebolismo": veja detalhes da estreia de Abel Ferreira no Palmeiras

6/11/2020 11:44

Respeito ao gramado e ao "Cebolismo": veja detalhes da estreia de Abel Ferreira no Palmeiras

Treinador português começa trabalho com vitória e classificação e dá mostras de seu estilo

Respeito ao gramado e ao

Abel Ferreira entrou no Allianz Parque sorridente, acompanhado do auxiliar Vitor Castanheira, e precisou de poucos segundos para apresentar algo diferente.







Ao invés de cruzar o gramado ao lado do restante da delegação no caminho para os vestiários, prática comum nesse futebol em meio à pandemia, o treinador deu a volta por trás do gol e evitou pisar no terreno de jogo, local sagrado aos jogadores. Ali, começava a primeira noite do português como treinador do Palmeiras.



A caminhada sorridente e simpática, com direito até a aceno aos jornalistas que o filmavam da tribuna de imprensa localizada no sexto andar da arena, contrastou com uma noite de concentração, diálogo e apego ao "Cebolismo" durante a maior parte dos 90 minutos, que terminaram com vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Bragantino, nesta quinta-feira, em duelo pela fase oitavas de final da Copa do Brasil.



A tranquilidade da caminhada ao redor do gramado na entrada se repete durante a maior parte do jogo. O português, pelo menos nessa estreia, mostrou ser um treinador sereno ao lado do gramado, muito adepto de conversas particulares com os atletas. Gabriel Menino, por exemplo, recebeu grande atenção na segunda etapa.



Além da serenidade, o perfil de Abel é de muito diálogo com os outros compatriotas da comissão técnica. Os auxiliares Vitor Castanheira, aquele que chegou com Abel ao estádio, e Carlos Martinho, além do preparador João Martins, se comunicam constantemente com o treinador. Tiago Costa, analista que fica na cabine, também dialoga com quem está no campo.



Esse trabalho de comunicação, aliás, se estende para fora da própria delegação. Um detalhe chamou a atenção: logo na primeira conversa, Vitor Castanheira tratou de chamar o quarto árbitro pelo nome (Ilbert Estevam da Silva). Foge do clichê de "professor", "juiz" ou qualquer substantivo que não nomeasse o responsável por controlar os bancos de reservas.



Toda e qualquer decisão, como as substituições, passa após diálogo entre os quatro. A comunicação constante, entretanto, não impediu Abel de manter o "Cebolismo" durante a maior parte do tempo nessa estreia pelo Palmeiras.



Além de repetir o time que venceu o Atlético-MG de forma categórica no fim de semana, na "nova despedida" do auxiliar Andrey Lopes como interino, Abel Ferreira repetiu boa parte da estratégia que embalou o Palmeiras nas últimas semanas: defesa segura e exploração do jogo em velocidade (mesmo perdendo Wesley no início do confronto).



A primeira mostra do "Abelismo" ficou mais para o fim do confronto, com o treinador puxando Felipe Melo e depois Danilo para iniciar as jogadas ao lado de Gustavo Gómez e Luan – dois nomes elogiadíssimos – e o avanço do ala esquerdo para um papel ainda mais ofensivo, com Matías Viña e depois Gustavo Scarpa. A marcação pressão e com linha alta pode virar tendência com o português.







Abel sabe que tem pouco tempo para impor as próprias ideias e adota um discurso de muito respeito sobre o time formado por Cebola. A tendência é de essa combinação seguir para o duelo de domingo contra o Vasco, na primeira experiência do treinador no Campeonato Brasileiro.



Palmeiras, Verdão, Cebolismo, Abel







3882 visitas - Fonte: Globo Esporte

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