Foi muito importante para o Palmeiras ganhar o clássico de ontem em Itaquera, contra o Corinthians. Mais do que isso, a conquista do time dirigido por Cuca foi somar 11 pontos dos 15 disputados em jogos contra rivais diretos. Há um mês, o Palmeiras sabia que havia uma sequência extremamente difícil, contra Fluminense, São Paulo, Grêmio, Flamengo e Corinthians. Foram três vitórias e dois empates nestas partidas.
Na sequência, o Palmeiras enfrentará Coritiba, Santa Cruz e América, enquanto o Flamengo jogará contra Cruzeiro, São Paulo e Fluminense. Sair dos cinco clássicos em primeiro lugar pode ser decisivo para conquistar o título.
O PACAEMBU RESISTE
Rodadas duplas fazem parte da história do Pacaembu. O maior público do Brasileirão no velho estádio municipal aconteceu em dezembro de 1972. Mais de 68 mil torcedores pagaram ingressos para assistirem ao Corinthians vencer o Ceará e o Santos perder para o Grêmio.
A permissão da CBF para hoje só é inusitada porque Flamengo x Figueirense jogarão às 11 horas, Santos x Santa Cruz só às 18h30. O Pacaembu completa 20 partidas neste ano, mais do que Wembley e Maracanã.
O templo resiste mesmo sem representar o modelo ideal para os times modernos. Os clubes fogem dos estádios públicos mundo afora. O melhor exemplo está em Milão. Milan e Inter seguem no municipal San Siro e estendem a mão em busca de dinheiro chinês. Enquanto isso, a Juventus corre para o hexacampeonato impulsionada pelo único palco particular do país. O Juventus Stadium gera dinheiro e faz a festa.
Uma missão para o próximo prefeito paulistano é definir o modelo de gestão que pretendem para o Pacaembu manter o futebol e pagar suas contas.
O domingo no estádio municipal contrasta com as agruras dos que administram novas arenas. O Flamengo só deve voltar ao Maracanã no final de outubro e mesmo assim com um imenso ponto de interrogação sobre a administração do antigo maior do mundo.
A Arena Pernambuco foi devolvida ao governo do estado, o Mineirão anda em litígio com o Cruzeiro, o Castelão não tem mais o consórcio que venceu sua licitação. Em São Paulo, os dois estádios particulares com melhor projeção engatinham.
Itaquera deve a assinatura dos naming rights e a inauguração das lojas que gerem receita. Nada está de acordo com o potencial da arena. O Allianz Parque pode ter até outubro a definição do processo de arbitragem entre Palmeiras e WTorre. A empreiteira ainda não concluiu o projeto do estádio, o que inibiu parceiros como o Burguer King de inaugurar a loja que deseja no andar térreo das arquibancadas.
A cozinha industrial projetada nunca ficou pronta e este é apenas um dos fatores que emperram a transformação do belíssimo Allianz Parque numa fonte de receita para a W. Torre e para o Palmeiras.
O Santos joga hoje em São Paulo e o Flamengo escolheu o Pacaembu, porque ele continua lindo. Sempre será bom ter o estádio municipal como palco do futebol brasileiro. Também é importante fazer os novos modelos avançarem. A convivência será saudável.
Mas, no estágio atual, grandes arenas do país correm o risco de virar sucata. Contra todas as previsões, o Pacaembu resiste.
19980 visitas - Fonte: Folha De S. Paulo
amo de coracao o meu verdao, campeao ou nao o palmeiras e a minha paixao vamos la palmeiras esse titulo e nosso chegou a nossa hora de sermos campeoes a 22 anos que nao ganhamos forca segura esse titulo pra noes